Uma parte considerável dos chamados “Panama Papers”, que revelam um esquema global de evasão fiscal, foram disponibilizados on-line nesta segunda-feira pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês).
A base de dados disponível no site do ICIJ se apoia em 11,5 milhões de documentos que pertenciam ao escritório panamenho de advocacia Mossack Fonseca e contém nomes de aproximadamente 200 mil empresas e particulares que utilizam empresas offshore, em muitos casos para sonegar impostos e lavar dinheiro.
Nas primeiras análises dos documentos surgiram nomes como o do primeiro-ministro britânico, David Cameron, e o do presidente da Argentina, Mauricio Macri, entre outros altos funcionários de diversos países.
O diretor do ICIJ, Gerard Ryle, disse que a decisão de disponibilizar uma parte importante dos documentos on-line obedece a um desejo de “transparência”.
Ryle acrescentou que o gesto também se apoia na expectativa de que investigações realizadas pela sociedade civil permita novas descobertas. “Há realmente muitos documentos”, disse Ryle, para quem serão necessários “muitos meses” para explorar a documentação integralmente.