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Pandemia está viva, relaxamento cresce, mas é preciso cuidado

Prefeitos e governadores de várias partes do Brasil anunciaram um relaxamento das medidas de contenção da pandemia, que mantinham muitos espaços de convivência, como shoppings, restaurantes e estádios de futebol, fechados ou com horários e taxas de ocupação mais restritos.

O alívio tem a ver com três fatores principais. O primeiro deles é a redução significativa na média móvel de casos e mortes por covid-19: no mês de setembro, foram registrados os números mais baixos desde o início de 2021.

O segundo ponto tem a ver com o avanço da vacinação. Até o momento, 71% dos brasileiros já tomaram a primeira dose e 41% estão com o esquema de proteção completo. Embora se saiba que os imunizantes não sejam 100% efetivos para evitar a infecção pelo coronavírus, eles previnem de forma significativa o agravamento da doença, que exige internação, intubação e pode levar à morte.

Em terceiro lugar, não dá para ignorar o cansaço acumulado ao longo dos últimos meses. Estamos na pandemia há um ano e meio e é complicado pensar que todo mundo continuaria em isolamento completo por todo esse tempo.

“A pandemia não acabou, mas as pessoas não querem mais se restringir com a mesma intensidade de antes”, constata a médica Sylvia Lemos Hinrichsen, consultora de biossegurança da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

“Existe um limite de quanto conseguimos priorizar apenas o aspecto médico. Todos estamos cansados e há uma necessidade de retomar as atividades econômicas”, admite o infectologista Renato Grinbaum, que também integra a SBI.

“E é perfeitamente possível pensar numa reabertura se tomarmos certos cuidados”, completa o médico.

Que fique claro: as boas notícias recentes não significam uma liberação geral. Mas elas permitem, sim, fazer algumas coisas com um pouquinho de mais liberdade, dizem os especialistas.

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