Entrevista/Saulo Braga
Papel de eterno Don Juan é mina de inspiração
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emPoeta que ama exaltar o sexo feminino – fonte, diz ele, de suas longas horas inspiração -, Saulo Braga, nascido mineiro mas com o sangue do carioca nas veias, é de pouco ler (quem sabe para não sofrer influência alheia) e de muito escrever (textos cada vez mais brilhantes), apesar de viver um momento de pausa, após um pequeno AVC.
Na entrevista a Notibras, que pode ser lida a seguir, o leitor vai conhecer um pouco da vida dele. E um caso que não o constrangeu, mas que ficou marcado: um papo com Bruna Lombardi , quem sabe provocando suores, mas que não aconteceu.
Fale um pouco sobre você, seu nome (se quiser, pode falar apenas o artístico), onde nasceu, onde mora, sobre sua trajetória como escritor.
Sou nascido em Belo Horizonte e moro no Rio de Janeiro Quanto à trajetória de escritor eu comecei a escrever bem cedo e creio que aos 30 anos fiz uma vernissage no clube dos Sargentos e sub oficiais da Aeronáutica, em Cascadura, e vendi algumas unidades de um pequeno livro de poesias.
Como a escrita surgiu na sua vida?
A escrita surgiu na minha vida bem cedo, mas não lembro da forma exata, ou seja. apenas comecei a escrever…
De onde vem a inspiração para a construção dos seus textos?
A inspiração logicamente vem do sexo feminino (gargalhadas)
Como a sua formação ou sua história de vida interferem no seu processo de escrita?
Quanto à pergunta de como a minha formação interfere na minha forma de escrever, creio que a resposta seja uma boa interferência já que eu apesar de ter só o segundo grau completo me considero uma pessoa inteligente e com facilidade para escrever. Já no que diz respeito à história de vida, creio que as mulheres que passaram na minha vida ajudaram nesta formação, digamos, romântica.
Quais são os seus livros favoritos?
Meus livros favoritos nada têm a ver com o romantismo e nem com poesia: “Ascensão e queda do terceiro Reich”, “O Expresso da meia-noite” e – “Papillon”.
Quais são seus autores favoritos?
Quanto aos autores prediletos, creio que você se refere aos autores de poesia, mas confesso que li poucos, como, por exemplo Cecília Meireles.
O que é mais importante no seu processo de escrita? A inspiração ou a concentração? Precisa esperar pela inspiração chegar ou a escrita é um hábito constante?
Sem dúvida, a inspiração, mas também a escrita já foi um hábito constante, porém, depois do derrame, dificilmente tenho inspiração. Por isso escrevo pouco agora.
Qual é o tema mais presente nos seus escritos? E por que você escolheu esse assunto?
O tema mais presente é o sexo feminino, talvez por eu ser um eterno Don Juan.
Para você, qual é o objetivo da literatura?
Se a pergunta é o objetivo da literatura para mim, logicamente seria para endeusar as belas para as quais eu fiz as poesias.
Você está trabalhando em algum projeto neste momento?
Não.
Quais livros formaram quem você é hoje? O José Seabra sempre cita Camilo Castelo Branco como seu escritor predileto, o Daniel Marchi tem fascinação pelo Augusto Frederico Schmidt, e o Eduardo Martínez aponta Machado de Assis como a sua maior referência literária. Você também deve ter as suas preferências. Quem são? E há algum ou alguns escritores e poetas contemporâneos que você queira citar?
Por incrível que pareça, eu li poucas poesias durante a minha vida. Por isso não tenho nenhum livro que me influenciou, e confesso não conhecer nenhum poeta contemporâneo e não tenho nenhuma referência literária.
Como é ser escritor hoje em dia?
Ser escritor hoje em dia, pelo menos para mim, é muito difícil, uma vez que já tentei publicar a minha obra várias vezes e ainda tenho as cartas de recusa das editoras informando que poeta desconhecido dificilmente vende.
Qual a sua avalição sobre o Café Literário, a nova editoria do Notibras?
Muitooooooo boaaaaaaaa!
Tem alguma coisa que eu não perguntei e você gostaria de falar?
Quando jovem, eu conheci a escritora Bruna Lombardi e repassei a ela todas as minhas poesias na intenção de que ela fosse me ajudar, porém, nunca tive contato posterior.