Notibras

Para Aécio, Dilma deve desculpas ao povo pelo excesso de corrupção

Os recentes casos de corrupção envolvendo a Petrobras, como por exemplo a compra de uma refinaria em Pasadena (EUA) por R$ 1,2 bilhão e o envolvimento do ex-diretor Paulo Roberto Costa em suposta denúncia de cobrança de propina em contratos com a estatal, são motivos mais do que suficientes para que a presidente Dilma Rousseff pedisse perdão aos brasileiros. Esta é a opinião do senador Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato à Presidência da República.

“O caminho correto nesse instante seria a senhora presidente da República pedir desculpas aos brasileiros, aos servidores da Petrobras, que construíram durante 60 anos esta extraordinária empresa, e desculpas em especial aos trabalhadores que colocaram recursos de seus fundos de garantia. Quem em 2009 colocou R$ 10 na Petrobras, hoje tem R$ 35”, afirmou o senador tucano aos jornalistas antes de uma palestra para empresários na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), no centro da capital fluminense.

“Portanto, eu acho que está na hora da presidente devolver limpo o macacão da Petrobras”, comentou ainda Aécio Neves, que ao desembarcar no Rio de Janeiro vindo de Salvador, ainda se disse surpreso com uma fala da presidente Dilma Rousseff sobre o trabalho da oposição acerca das denúncias de corrupção na estatal.

“Eu vi uma declaração dada pela senhora presidente da República, em Pernambuco, acusando a oposição que de alguma forma está sujando a imagem da Petrobras. Meu Deus do céu! Quem está ferindo a imagem da Petrobras é o aparelhamento que o PT estabeleceu há vários anos na empresa e a partir disso estamos vendo todos os tipos de irresponsabilidades acontecendo”, destacou.

Aécio Neves esteve em Salvador onde no início da tarde, onde, junto com mais de 500 lideranças do DEM, PSDB e PMDB, selou uma aliança histórica de oposição dentro do Estado da Bahia. Além de Aécio para a Presidência, a composição da chapa terá Paulo Souto (DEM) para o governo, e Geddel Vieira Lima (PMDB), ex-ministro da Integração Social, como senador. Para esta noite, está previsto um jantar na zona sul do Rio com o presidente estadual peemedebista, Jorge Picciani, com o intuito de montar um palanque no Rio de Janeiro.

“Eu tenho recebido acenos importantes de lideranças, não apenas do PMDB, mas de setores da base do governo federal que querem estar próximos de nós. E são bem-vindos esses apoios”, afirmou o tucano. “Nós temos conversado com o presidente (Jorge) Picciani, do PMDB, com o presidente do PP, (senador) Francisco Dorneles, com o Paulinho da Força, com o Indio (da Costa) do PSD, então, eu vejo um conjunto de forças que estão na base do atual governo estadual, mas que mostram disposição de caminhar conosco. Vamos deixar que o tempo se encarregue de consolidar esse entendimento”, completou.

No Rio de Janeiro, a situação envolvendo Picciani destoa da atual postura do pré-candidato ao governo fluminense, Luiz Fernando Pezão, que junto do agora ex-governador Sérgio Cabral, continuam firme, ao menos por enquanto, no apoio à presidente Dilma Rousseff.

Picciani, no entanto, já reiterou por diversas vezes que é contra, por exemplo, a candidatura petista ao governo do Estado do também senador Lindbergh Faria (PT), e a partir daí teria nascido o interesse de diálogo com Aécio Neves por parte do líder estadual peemedebista.

“Eu acredito nas coisas naturais na política. O que eu tenho percebido é que, não apenas na oposição, mas na sociedade brasileira há um cansaço em relação a isso tudo que está acontecendo no País. Não há mais estômago para tanta propaganda e tão pouco resultado”, despistou o senador tucano antes de partir para a palestra e lembrar que, também no Rio de Janeiro, ele conta com apoio do Democratas e do PP. “Estou imensamente feliz com o início do processo”, finalizou.

 

Sair da versão mobile