De repente, a lembrança. Foi há 40 anos. Passava um pouco das 20h. O interfone tocou, um interlocutor diz, tom ameno, que a República caiu. Outra voz se segue, sugerindo que estão subindo, e que se vestisse. A porta aberta, a informação de que a redação estava de plantão. Um beijo na esposa, assustada. No elevador, uma gargalhada estridente. A notícia era falsa. Na realidade, precisavam de um parceiro na mesa de pôquer. E a rodada se repete, cheia de fichas.
Para compor mesa de pôquer, vale derrubar até a República
