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Paraguai chama embaixador na Venezuela e aumenta crise com país caribenho

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O Paraguai convocou seu embaixador na Venezuela, Enrique Jara, após o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, realizar críticas contra o governo do presidente Horacio Cartes. A medida é tomada em meio à disputa sobre a presidência do Mercosul.

O chefe de imprensa da chancelaria, Elvio Venegas, afirmou nesta sexta-feira à Associated Press que, enquanto durar a ausência do embaixador, Celso Riquelme estará no comando da embaixada paraguaia em Caracas, como encarregado de negócios.

As relações diplomáticas entre Paraguai e Venezuela começaram a apresentar fissuras meses atrás, quando o ministro das Relações Exteriores paraguaio, Eladio Loizaga, disse que o país caribenho não respeitava o sistema democrático, ao não reconhecer a oposição e seu direito a criticar o governo. Em 1º de julho, Cartes disse no Congresso em Assunção que “quando os direitos humanos e as liberdades fundamentais não são respeitados, como ocorre neste momento na Venezuela, não podemos permanecer em silêncio”.

Na quinta-feira, o Paraguai comunicou a Fritz Petersen, encarregado de negócios da Venezuela em Assunção, seu repúdio a expressões de Maduro, que havia qualificado como uma “tríplice aliança” a suposta unidade entre Paraguai, Uruguai e Brasil no Mercosul. Os três países resistem a aceitar a posse da Venezuela como presidente rotativa do bloco regional, após o fim do mandato do Uruguai no comando do Mercosul. A presidência deve ficar a cada seis meses com cada país e a mudança é feita na ordem alfabética, pelas ordens do bloco.

“Agora nos persegue a oligarquia paraguaia, corrupta e narcotraficante. Agora nos persegue o demacrado [pálido, cadavérico] [Mauricio] Macri, da Argentina, fracassado, repudiado por seu povo. E agora nos persegue a ditadura imposta no Brasil”, afirmou Maduro na quarta-feira, durante um ato oficial em Caracas.

Diretor de Política Bilateral do Ministério das Relações Exteriores paraguaio, Luis Fernand Avalos disse em entrevista coletiva que convocou Petersen “para manifestar o incômodo com os termos desrespeitosos” do presidente Maduro em sua fala.

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