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‘Parede, irmão; mãos na cabeça. A casa (dos estelionatários) caiu’

Uma operação da Polícia Civil, coordenada pela 5ª DP, do Plano Piloto, desbaratou nesta terça, 28, uma quadrilha de estelionatários que aplicava o golpes no mercado. Na operação Falso Consórcio, foram cumpridos 10 mandados de prisão temporária e de 6 mandados de busca e apreensão, contra os criminosos.

Segundo policiais que participaram da operação, realizada em Taguatinga, Águas Claras, Samambaia, Recanto das Emas, Águas Lindas (Goiás) e Goiânia (Goiás), o grupo criminosos utilizada empresa de fachada com o seguinte modus operandi:

A) Cooptavam terceiros interessados em trabalhar na empresa como anunciantes de consórcios; eles recebiam um roteiro/script de divulgação e eram instruídos a copiarem anúncios de veículos ou de imóveis publicados em sites de compra e venda (OLX, Mercado Livre, Market Place, etc) disponíveis em outros Estados da Federação e os publicarem em suas contas nas redes sociais com o seu próprio número de telefone, devendo convencer os interessados na compra dos bens a comparecerem no escritório para obterem maiores informações sobre a aquisição dos bens anunciados;

B) Já no escritório, as vítimas eram atendidas pelos anunciantes e encaminhadas para os gerentes, os quais lhes ofereciam os serviços de leasing ou consórcio para a aquisição dos bens anunciados; em seguida, os gerentes solicitavam os dados pessoais da vítima para cadastro e avaliação;

C) Após alguns dias, as vítimas recebiam a informação da aprovação e retornavam à empresa para efetivação do contrato. Quando da assinatura, era solicitado à vítima o pagamento de uma entrada com a promessa de receber o bem anunciado em poucos dias.

D) Ao final do prazo, o bem não era entregue às vítimas, as quais não conseguiam recuperar o valor pago de entrada e nem mais conseguiam contatar a empresa, o anunciante e nem mesmo o gerente responsável pela falsa negociação.

Na investigação realizada pela 5ª DP estão sendo apurados nove crimes de estelionato praticados pelo grupo no período compreendido entre julho do ano passado e maio de 2023. O prejuízo total causado às nove vítimas foi de R$ 59.840,00.

Nos sistemas policiais constam outros 71 registros de ocorrências policiais envolvendo as empresas investigadas. Segundo a polícia, as empresas são OTIMIZA CONSÓRCIOS LTDA, OTIMIZA PAGAMENTOS E SERVIÇOS LTDA e ECONOMIZE ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS LTDA.

Os autores estão sendo investigados pelos crimes de estelionato e associação criminosa. A pena por cada crime de estelionato é de 1 a 5 anos de prisão e a pena do crime de associação criminosa é de 1 a 3 anos de prisão.

A prisão dos bandidos é por um prazo de cinco dias, podendo ser prorrogada por igual período e, em caso de necessidade, ser convertida em prisão preventiva.

Veja o flagrante das prisões

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