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Parentes de vítimas do 11/9 processam a Arábia Saudita

Familiares de 800 vítimas dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 entraram nesta segunda-feira (20) com um processo no tribunal federal de Manhattan, em Nova York (EUA), contra a Arábia Saudita, país ao qual acusam de cumplicidade nos atentados, confirmaram à Agência Efe fontes judiciais.

O processo cobra indenização para as vítimas e seus parentes e acusa vários funcionários públicos da Arábia Saudita de estarem envolvidos no ataque, alegando que teriam ajudado alguns dos terroristas que sequestraram os aviões comerciais utilizados nos atentados.

O documento, apresentado pelo escritório de advocacia Kreindler & Kreindler, afirma que estes funcionários, de embaixadas sauditas, apoiaram os sequestradores Salem al-Hazmi e Khalid Al-Mihdhar um ano e meio antes dos ataques em vários aspectos, como a facilitação de “dinheiro, proteção, conselhos, contatos, transporte, assistência com o idioma e a cultura dos EUA, identificação e o acesso a cursos de treinamento de pilotos”.

O escritório de advocacia que apresentou o processo civil trabalha no caso há vários anos e é especializado em defender vítimas de acidentes aéreos.

Além disso, a denúncia apresenta provas de que empregados da embaixada saudita na Alemanha apoiaram o líder do grupo de sequestradores, Mohammed Atta, e aponta que outro funcionário do governo da Arábia Saudita estava no mesmo hotel que vários dos terroristas no estado da Virgínia na noite anterior aos ataques.

Dos 19 sequestradores, 15 deles eram de nacionalidade saudita, e 3 tinham trabalhado para o governo do país.

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