– Já estamos com a mão na taça.
A afirmação foi feita por um otimista Carlos Alberto Parreira, coordenador técnico da seleção brasileira, no dia em que o grupo se apresentou na Granja Comary, em Teresópolis, nesta segunda 26. O tom de otimismo usado desde a conquista da Copa das Confederações, no ano passado, foi ainda mais elevado na primeira entrevista coletiva.
Experiente na competição, já que foi campeão em 1970, como preparador físico, e 1994, como técnico, além de ter disputado inclusive por outras seleções, Parreira disse que o mais importante é ganhar o título fora de campo. E que isso o Brasil já conseguiu em 2014.
– O que aprendi em seis ou sete Copas? Que ganhar fora do campo é o mais importante, e não é fácil. Envolve parte operacional, logística, planejamento, relacionamento com torcedores, imprensa, ambiente de trabalho. E isso nós já conseguimos, portanto já estamos com uma mão na taça.
Assumir o favoritismo escancaradamente também faz parte da estratégia de inflamar o povo em torno da seleção brasileira. Na opinião de Parreira, não há motivos para duvidar do hexacampeonato, embora ele reconheça adversárias fortes e faça uma ressalva:
– Quantos favoritos não fracassaram? Em 2002, 90% da mídia especializada apontava Argentina e França como favoritas e elas não passaram da primeira fase. Somos favoritos, sim. Não temos obrigação de ganhar, mas somos favoritos. Confiamos nesses jogadores, olha o time que temos. A zaga mais cara do mundo, um timaço. São jogadores experientes, respeitados no futebol mundial, jogamos em casa. Apenas retratamos o que sentimos.