Ao menos 12 pré-candidatos ao cargo de governador podem ter complicações com a Lei da Ficha Limpa nas eleições deste ano, já que possuem condenações na Justiça. O Ministério Público Federal pode processar cerca de 30 mil políticos fichas sujas se eles forem candidatos nas eleições deste ano.
Os ex-governadores Cássio Cunha Lima, da Paraíba, e Marcelo Miranda, no Tocantins, já foram condenados por colegiado e já esgotaram os recursos na esfera eleitoral, mas ainda podem recorrer ao Supremo Tribunal Federal para tentar reverter a decisão.
Quem foi condenado só em primeira instância pode ter o mandato questionado se eleitoEste é o caso de Antony Garotinho, César Maia e Luiz Fernando Pezão, todos do Rio de Janeiro, que têm recursos na Justiça. Em Brasília, o ex-governador José Roberto Arruda foi condenado pelo mensalão do DEM e também tenta reverter a decisão de primeira instância. Além disso, o pré-candidato ao governo de Goiás Vanderlan Cardoso foi condenado por improbidade administrativa cometida quando era prefeito de Senador Canedo.
Em Rondônia, Expedito Júnior, que foi barrado em 2010, pretende concorrer este ano porque o prazo de inelegibilidade termina às vésperas das eleições. Além disso, segundo a CBN, outros candidatos investigados por irregularidades nas contas de prefeituras devem ter a situação decidida pelo STF, já que Justiça Eleitoral tem decisões diferentes quanto à validade das condenações oriundas dos tribunais de contas. É o caso dos candidatos Jackson Barreto, do Sergipe, Luiziane Lins, no Ceará, e Tarso Genro, no Rio Grande do Sul.