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Jogo sujo

Pau de galinheiro, Alcolumbre e Renan querem matar Lava Toga

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Autor/Imagem:
Antônio Albuquerque

Dos 81 senadores, dois, com certeza, farão de tudo para derrubar a CPI da Lava Toga. São Davi Alcolumbre, presidente, e Renan Calheiros, derrotado na disputa pela cadeira hoje ocupada por seu ex-desafeto.

Alcolumbre decidiu partir para o confronto com os próprios colegas que fizeram dele presidente da Casa. Ele se acredita ter a força de um Davi, em condições de derrubar o Golias representado por 29 senadores que assinaram a criação da Comissão.

Antes desafetos, Davi e Renan resolveram se dar as mãos para barrar a CPI que mira inclusive ministros do Supremo Tribunal Federal, acusados de supostamente receber uns trocados por fora.

Essa união de forças, tipo troca de favores, tem uma justificativa: tanto Alcolumbre, como Renan, estão mais sujos no Supremo do que pau de galinheiro.

O requerimento para a criação da CPI está na Mesa do Senado há mais de uma semana. Alcolumbre e Renan, porém, tentam convencer seus pares para a necessidade de inviabilizar a comissão, sob o argumento de que um confronto com o STF pode gerar instabilidade política no País.

Uma espécie de patrono da Comissão Parlamentar de Inquérito, o senador Alessandro Vieira (PPS-SE), prata nova na Casa e avesso às práticas da velha política tão combatida pelo presidente Jair Bolsonaro,  não dá mostras de querer recuar com a CPI da Lava Toga. E espera novas adesões, como a do senador Flávio Bolsonaro, que tem sobrenome de talismã da moralidade.

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