Pré-candidato à reeleição, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), minimizou nesta sexta-feira, 6, a sinalização que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato, deu a favor da candidatura da vereadora Marília Arraes (PT) ao governo do Estado nas eleições 2018.
Da prisão em Curitiba, o petista enviou o recado via o ex-presidente do PT Rui Falcão e o líder do MST, João Pedro Stedile. Para Câmara, que ainda alimenta a esperança de ter o PT em sua chapa, o episódio não passa de um movimento político “de quem gosta de falar”.
“Enquanto tiver conversas (entre PSB e PT) não há porque ficar falando de uma questão que mais para frente pode ser que não se confirme. Não me incomoda, vou continuar trabalhando. Tem muito tempo para a gente discutir”, disse Câmara durante cerimônia de entrega do segundo módulo do Museu Cais do Sertão, seu último ato de inauguração antes da campanha.
“A gente já construiu alianças importantes para 2018 com partidos que têm nos ajudado. O que a gente puder agregar até lá (as convenções partidárias em agosto) ótimo, se não puder vamos disputar com as nossas forças”, completou Câmara.
O aceno de Lula dá força à tentativa de Marília, neta de Miguel Arraes, que, mesmo sem apoio oficial do partido, tem intensificado agendas e conversas. Por meio da assessoria, Marília disse que não iria comentar a declaração de Lula que foi gravada em vídeo e postada nas redes sociais da vereadora.