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Paulo Chagas abandona política e abre o caminho do Buriti para Bia

Foto/Arquivo Notibras

Ibaneis Rocha (MDB) nem tomou posse e já tem gente de olho na cadeira que ele vai ocupar no Palácio do Buriti a partir de janeiro. É a deputada Bia Kicis (PRP), que desponta em Brasília como a preferida do presidente eleito Jair Bolsonaro para o cargo. O candidato natural seria o general Paulo Chagas, do mesmo PRP de Bia. Ele disputou o governo do Distrito Federal em outubro, mas, em que pese ter derrotado lideranças políticas como Eliana Pedrosa e Alberto Fraga, ficou em quarto lugar na contagem geral dos votos.

Porém, nesta quinta, 13, o general descartou voltar ao cenário político-partidário. Lembrou, como fez durante a campanha, que não pretendia iniciar uma carreira politica. O que fiz – disse -, “foi uma incursão, limitada no espaço e no tempo” que permitiria a ele, se eleito, “provar que é possível gerir a coisa pública com honestidade, comprometido unicamente com o interesse público”.

Agora, quando se aproxima a posse do eleito, o general Paulo Chagas enfatiza que a vontade das urnas deve ser respeitada. “Apesar de ele (o futuro governador) estar cercado de velhas raposas, seus descendentes e prepostos, faço votos para que Ibaneis consiga provar que é possível governar respeitando o erário e as verdadeiras necessidades do povo.”

Mas, apesar de ‘fora do jogo’ político, nem por isso o general pretende vestir o pijama. Na opinião dele, a candidata natural do seu grupo para concorrer em 2022 é a deputada Bia Kicis. “Não conversei com ela sobre o assunto. Mas se a Bia entrar na disputa, terá meu apoio e meu voto”, sublinhou. Vale citar, a propósito, que Bia Kicis deve comandar o PSL brasiliense a partir de março. Isso significaria mais um ingrediente para pavimentar seu caminho em direção ao Buriti.

Bia Kicis deve ser candidata de Bolsonaro ao Buriti em 2022. Foto/Arquivo Notibras

Soldado do Brasil – Sem postular a cadeira de Ibaneis, Paulo Chagas volta às origens. E diz que virou ‘um soldado do seu partido, e que o partido dele é o Brasil’, comandado, a partir de janeiro, pelo presidente Jair Bolsonaro. E como soldado, afirma, está pronto para receber qualquer missão que lhe for confiada.

Dizendo ter o Brasil como seu partido – mesma bandeira empunhada por Bolsonaro no processo eleitoral -, o general manifesta sua satisfação por ter atuado como coadjuvante na campanha presidencial.

– O esforço valeu a pena, pois há uma nova esperança para o Brasil. Se não conseguimos conquistar a nossa oportunidade de provar o que podem as nossas convicções na capital da República, provaremos, com Bolsonaro na Presidência da República e com o Congresso Nacional que saiu das urnas, que o Brasil tem jeito.

Segundo Paulo Chagas, ele e seu grupo não foram mera parte da plateia que levou à essas conquistas. “Fomos protagonistas e continuaremos a sê-lo como apegados vigilantes dos compromissos assumidos, sempre atentos à realidade, críticos das falhas, complacentes com as impossibilidades e acólitos da verdade”.

– Se ajudamos a construir, julgo que não podemos desacreditar das conquistas que estão por vir para a sociedade com a chegada de Bolsonaro ao Planalto. É preciso dar tempo ao tempo. Já sabemos o que tem que ser feito e quem está encarregado de fazê-lo. Vamos dar-lhes o nosso aval e o nosso apoio, vamos sofrer juntos, porque sabemos que os remédios serão amargos, sentenciou.

Na opinião de Paulo Chagas, a derrota nas urnas, a nível de Brasil, do projeto socialista bolivariano do Foro de São Paulo, deu ao liberalismo a melhor oportunidade para apresentar-se como solução. “E isto tem que ser feito com inteligência, lucidez e tolerância, para que a sociedade entenda que o sucesso depende principalmente da confiança na nossa própria competência para compreender, dominar e praticar a democracia e as leis do mercado.”

Por fim, ainda de acordo com o general, “é preciso que ajudemos a apresentar e implementar o liberalismo de forma que seja o mais palatável em meio ao amargor da situação atual e das suas projeções futuras”. E essa, pontuou, “é a nossa missão do lado de fora do Congresso e do Governo Bolsonaro”.

**Matéria alterada às 11h39 para correção de informação

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