Bartô Granja
Tu és pó e ao pó voltarás. Foi assim, com um comentário carregado de ironia, que um velho desafeto de Paulo Octávio comemorou a decisão do Superior Tribunal de Justiça, de negar o pedido de anulação de todos os processos criminais relacionados à operação Caixa de Pandora, apresentado pelo ex-vice-governador.
Segundo o STJ, a defesa do político alegava que o desmembramento das denúncias de todos os acusados era ilegal e violava o direito de defesa. No voto, o ministro relator Reynaldo Soares da Fonseca afirmou que a medida foi legal e necessária, já que alguns suspeitos tinham foro privilegiado.
Era o caso do ex-conselheiro do Tribunal de Contas do DF Domingos Lamoglia, por exemplo. Ele teve a posse no cargo anulada pela Justiça, recorreu e renunciou em seguida, perdendo o privilégio. Com isso, o processo que começou a tramitar no STJ voltou à “estaca zero” e retornou à Justiça do DF.