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PDT fecha questão contra o impeachment mas quer a cabeça de Eduardo Cunha

Igor Gadelha

O diretório nacional do PDT aprovou por unanimidade, na manhã desta sexta-feira, 22, posicionamento contrário ao impeachment da presidente Dilma Rousseff e a favor do afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). As questões já tinham sido aprovadas pela executiva nacional da sigla em 2015, mas precisavam ser referendadas pelo diretório para ter validade política.

O diretório aprovou os posicionamentos em reunião que deve contar com a participação da presidente Dilma Rousseff. Dilma deverá participar de ato em homenagem ao ex-governador Leonel Brizola, fundador do PDT, partido ao qual a presidente foi filiada antes de entrar no PT. Morto em 2004, Brizola completaria 94 anos hoje.

Ciro presidente – Durante a reunião, o diretório nacional também referendou posição a favor de candidatura própria do PDT à Presidência da República em 2018. Logo após a aprovação, membros do partido puxaram coro a favor da candidatura do ex-ministro da Integração Nacional do governo Lula Ciro Gomes. “Brasil para frente, Ciro presidente”, gritavam.

Em discurso, o ex-ministro cearense afirmou que não entrou no partido só para ser candidato. Ponderou, contudo, que aceita “qualquer tarefa que o PDT entenda que esteja à altura de enfrentar”. Ciro deve seguir em giro pelo Brasil, nos próximos meses, para tentar viabilizar sua candidatura à Presidência da República daqui a três anos.

Apesar de se dizer contra o impeachment de Dilma, Ciro não poupou críticas à política econômica atual. Segundo o dirigente, o governo se desconstruiu muito rapidamente com a “negação do compromisso que lhe dera vitória eleitoral”, nomeando para pilotar a economia brasileira o ex-ministro Joaquim Levy.

Opção ao PT – Como mostrou nesta quinta-feira o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse que tem procurado dirigentes do PT em busca de apoio à candidatura de Ciro. De acordo com Lupi, petistas têm recebido com “muita simpatia” o nome do ex-ministro.

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