Ao se avaliar as tensões sociais e os discursos da população, percebe-se que esta não é uma eleição sobre vender esperança, como foram as edições passadas. Ao que tudo indica, este é o pleito da indignação. A avaliação é de Pedro Leite (Podemos), candidato a deputado distrital. “As pessoas estão revoltadas com o estado atual das coisas. É desmando pra lá, desmando pra cá. Falta uma voz lúcida em meio a todo o caos”, completa.
E ao que o cenário mostra, essa voz lúcida pode ser a do próprio Pedro Leite. Pastor ligado à Igreja Evangélica Comunidade das Nações, o candidato, que também tem forte presença em outros segmentos evangélicos, vem recebendo novos apoios de outras destacadas figuras políticas de Brasília. Se já contava, por exemplo, com o aval do deputado Ronaldo Fonseca (PR), secretário-geral da Presidência da República, chegou a vez de Rogério Rosso (PSD), que disputa o Palácio do Buriti, também apoiar Pedro Leite.
Apoio – Rosso, que esteve com Pedro Leite neste domingo, 30, em um ato na Comunidade das Nações, confidenciou a interlocutores, conforme chegou ao conhecimento de Notibras, que ele é um dos que acreditam no sucesso de Pedro Leite nas urnas. “Sem dúvida, será um fenômeno eleitoral”, teria deixado escapar Rogério Rosso.
No domingo, recém-chegado de Israel, o bispo JB Carvalho provocou uma verdadeira romaria à Comunidade das Nações. Ao encontro dele foram, além de Pedro Leite e Rogério Rosso, outros nomes de expressão, como Celina Leão, Professor Paco, Rafael Prudente, Thiago Jarjour, Paulo Roque, Fernando Marques e Rodrigo Freire.
Especificamente sobre o apoio que vem recebendo, Pedro Leite avalia que isso é fruto de um trabalho sólido nas comunidades que ele desenvolve mesmo antes de sua candidatura a uma das cadeiras da Câmara Legislativa. “Eu conheço os problemas reais do povo do Distrito Federal. E o meu compromisso com eles é sério. Estou sendo guiado por Deus para fazer essa diferença na vida das pessoas por meio da política”, diz o candidato.
Ainda segundo Pedro Leite, o que se vê nas comunidades do Distrito Federal são comportamentos de desilusão, de medo, de falta de coragem. “Eu tenho conversado com muitas e muitas pessoas. O problema é basicamente o mesmo: falta de perspectiva de futuro por conta do desemprego, da violência, da assistência à saúde em decadência. Meu papel será o de lutar para reverter esse quadro de desolação”, pontuou.