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‘Pega ladrão’ dá o tom de revolta onde Joesley mora

Expectativa na casa do dono da J&F. Há rumores de que Joesley pode se entregar à polícia a qualquer momento. Foto: Renato Teixeira/EstadãoConteúdo

Dayanne Sousa

Um grito de “pega Ladrão” rompeu o silêncio na rua de casas de luxo, cercadas por muros altos, onde mora o empresário Joesley Batista. Era o protesto de um motorista que chegava na casa vizinha à do dono da J&F.

O movimento na rua é de poucos carros e de moradores que passeiam com cachorros. A maioria interage com os cerca de vinte profissionais da imprensa que aguardam por notícias no local.

Dois carros saíram da residência do empresário há poucos minutos, mas Joesley não estava neles. Um motorista levava uma criança no banco de trás, provavelmente o filho de Joesley. Outro carro era dirigido por uma mulher.

O empresário Joesley Batista, dono do grupo J&F, e o executivo Ricardo Saud estão em São Paulo e pretendem se entregar à Polícia Federal, conforme informou o “O Estado de S. Paulo”.

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu atender ao pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e determinou a prisão dos dois delatores do grupo J&F.

Prisão e fogos – Os dois, porém, decidiram se antecipar e se apresentaram à Polícia Federal, em São Paulo, logo após as 14 horas deste domingo.

Um pequeno grupo chegou à PF para comemorar as prisões. Três mulheres com camisetas de apoio à operação Lava Jato soltaram fogos de artifício em manifestação de apoio.

“Somos cidadãs indignadas, não fazemos parte de nenhum grupo organizado, mas estivemos aqui apoiando em todas as últimas prisões que ocorreram em São Paulo”, afirmou Carmem Lutti, aposentada de 66 anos que integrava o grupo.

O protesto ocorreu no momento em que o carro do empresário Joesley Batista deixava o prédio da Polícia Federal, mas o empresário não estava no veículo. Aparentemente, estavam no carro auxiliares e ao menos um de seus advogados. O carro do ex-executivo da JBS, Ricardo Saud, também entrou e saiu do prédio. Antes disso, um homem levava o que pareciam ser travesseiros para dentro do edifício, mas não quis dizer se as sacolas que carregava eram para Joesley.

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