Gabi Oliveira, Edição
Toda noiva espera que o dia do seu casamento seja perfeito, mas nem sempre as coisas acontecem como planejadas. Prova disso são as muitas histórias contadas por aí.
Cano do cabeleireiro, maquiagem capenga, perfume nos olhos e até um vestido queimado fizeram, sem querer, parte do pacote de Dia da Noiva dessas mulheres.
Veja a seguir algumas pegadinhas, reveladas por Carol Salles.
Perfume nos olhos, quem nunca?
“Durante as fotos do making of, quando eu já estava quase pronta para o casamento, o fotógrafo sugeriu fazermos a tradicional imagem da noiva borrifando perfume no corpo. Eu, toda maquiada e vestida, sem pensar muito, apontei o jato em direção ao rosto, achando que a pose ficaria linda. Levei uma borrifada de perfume dentro dos olhos. Gritei de dor, sentia queimar e ardia muito. Foi um corre-corre para me socorrer. Fiquei com o olho vermelho igual sangue e uma dor absurda. Por isso, a maioria das fotos do meu making of são olhando pra baixo ou de olhos fechados.”
Juliana Sampaio, 32 anos, advogada, do Rio de Janeiro
Incenso do mal
“Quando cheguei na clínica onde seria realizado meu Dia da Noiva, entreguei meu vestido à dona do local. Ela pediu para eu deitar numa maca e começou a fazer massagem. Na sequência, aproveitou que eu já estava deitada para me maquiar. Quando terminou, abri os olhos e vi uma fumaça. Perguntei o que era e ela respondeu que havia acendido um incenso. Pensei, “Que delícia!” Ela pediu que eu me levantasse para colocar o vestido. Levantei sorrindo, muito relaxada, mas quando olhei para o seu rosto, vi uma expressão de susto. Perguntei: “O que foi?” e ela então me contou que o incenso, que era de um tipo grosso, diferente dos comuns, havia queimado o vestido. Não acreditei! Entrei em pânico e fiquei sem saber o que fazer. Ela pediu para que eu colocasse o vestido e notamos que a parte estragada não ficou visível. Casei com o vestido queimado e ninguém percebeu. Até hoje, quando nos encontramos, damos risada disso.”
Eliana Longatto, 53 anos, professora, de Mogi Guaçu (SP)
Miga, reforça essa cola!
“Meu Dia da Noiva, na verdade, foi ótimo. Mas, como não tinha experiência com maquiagens mais elaboradas, saí do salão sem conseguir imaginar o que aconteceria logo mais. A caminho da cerimônia, já toda vestida, o carro do meu padrasto, que acompanhava o meu, teve um problema que nos obrigou a parar. A essa altura, estava sentindo os cílios postiços tortos, me incomodando um pouco. Como estava lindo e eu não queria tirar, procurei não pensar nisso. Quando nos preparávamos para continuar, olhei para o meu vestido e vi caído sobre o meu colo um dos cílios. Hoje até dou risada da situação mas, na hora, me desesperei. Como iria fazer? Precisaria tirar o outro, correndo o risco de estragar o make, ou dar um jeito de colar aquele de volta. Minha mãe saiu batendo de porta em porta na vizinhança onde nos encontrávamos (no bairro do Brás, em São Paulo) até achar uma moça que, para nossa sorte, era maquiadora. Ela foi até o carro e não só colou os cílios de volta como retocou toda a maquiagem, já que eu havia chorado ao ver o estrago. No fim, os cílios ficaram tão bem colados que difícil foi tirá-los depois da festa.”
Jussara Nogueira da Cruz, microempresária, 24 anos, São Paulo
Aquele perdido básico
“Saí de São Paulo para casar em Belém, onde nasci. Escolhi um cabeleireiro de um salão conceituado da cidade. Estava segura pois já havia feito uma produção com ele e gostado muito. Uns dias antes, fui vê-lo e mostrar as referências do penteado que eu havia escolhido. Fizemos um teste e ficou ótimo. No dia do casamento, ele me orientou a chegar de manhã, já que o cabelo teria de ser enrolado e isso levaria algum tempo. Cheguei e ele não estava lá. A equipe do salão falou que ele estava atrasado. Fiz outras coisas e permaneci tranquila, pois o casamento seria só à noite. Voltei ao salão no meio da tarde e aí sim fiquei apreensiva, pois nada do cabeleireiro. O tempo ia passando e eu cada vez mais angustiada. Até que vieram me avisar que ele havia tido um contratempo e não poderia me atender. Meu mundo desmoronou. Quem apareceu para me “salvar” foi a dona do salão. Ela assumiu o trabalho e, mesmo com medo por não conhecer o trabalho dela, aceitei. Afinal, não tinha outra opção. E, no fim das contas, o penteado ficou melhor do que eu esperava.”
Narda Negrão, analista de conteúdo, 33 anos, de São Paulo
Make argamassa e massagem cilada
“Algumas semanas antes do casamento, fui até o salão para fazer teste de cabelo e maquiagem. Saindo de lá, segui direto para um churrasco. Percebi que minhas amigas ficavam olhando de maneira estranha para mim. Perguntei o que tinham achado da produção, mas ninguém falava. Até que uma delas, revendedora e treinadora de uma marca de cosméticos, quebrou o gelo e falou abertamente que o make estava carregado, mal feito e que não combinava em nada comigo. Ela se propôs a me maquiar no grande dia. Então, voltei ao salão e tentei tirar a maquiagem do pacote ou mudar de profissional, mas não deixaram. Consegui, apenas, combinar de levar meus próprios produtos (que seriam emprestados pela minha amiga). Ela, então, me explicou tintim por tintim como a maquiagem deveria ser feita, a ordem de aplicação dos produtos, o que pedir para o maquiador. E foi o que eu fiz, sob o olhar feio dos profissionais do salão. Mas não foi só isso. No meu pacote havia também uma massagem. Só que a massagista deu o cano e a dona do salão se encarregou de fazer. Além de pesar muito a mão, ela falava o tempo inteiro. Eu não consegui relaxar nem um pouco. Eu estava esperando um ambiente aromatizado, com música, velas, tranquilo. Mas foi numa maca com tudo aceso, porta aberta. Eu até falei que minhas amigas haviam chegado, para poder ser dispensada mais cedo da massagem.”
Virgínia Deiró Nosella, 35 anos, terapeuta ocupacional de Santo André (SP)