Crise no comitê de Alberto Fraga (DEM) ao Governo do Distrito Federal. O candidato foi condenado nesta segunda, 24, pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal a uma pena de 4 anos e dois meses em regime semi-aberto – dorme na cadeia e trabalha de dia. A acusação é de crime de concussão. Ele recebeu, segundo o Ministério Público, propina de 350 mil reais quando era secretário dos Transportes do governo de José Roberto Arruda.
Embora caiba recurso da decisão – ou seja, enquanto a ação não tramitar em todas as instâncias – a condenação abalou Fraga e a aliança que ele coordena, encabeça por DEM e PSDB. Enfraquecida, a campanha pode jogar estilhaços no tucano Izalci Lucas, que disputa o Senado na mesma chapa.
O crime de Fraga, segundo o Ministério Público, foi cometido em 2008, quando o agora candidato trabalha na administração Arruda. Na época ele cobrou (e recebeu) uma propina de 350 mil reais para aprovar um contrato com a Coopertran.
A defesa do candidato definiu a decisão como uma ação política. “Enquanto os processos demoram anos para serem julgados o de Fraga tramitou em apenas dois dias. É no mínimo estranho”, diz nota divulgada pelos advogados do buritizável.
O processo contra Fraga estava no Supremo Tribunal Federal. Mas, com o fim do foro privilegiado, o caso desceu para o TJDF, que bateu o parcelo numa decisão que pode transformar o sonho do candidato em chegar ao Buriti em pesadelo.