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Pesadelos de Lula e Bolsonaro tiram o sono de todos

O Brasil, dividido de um lado por uma maioria autodenominada de direita, em consolidação, e de outro por uma minoria de esquerda, em desconstrução, produz, por meio de seus maiores representantes, material suficiente para uma análise pragmática do atual cardápio político disponível. As ideias são verbalizadas, muito próprio para uma sociedade de origem latina. Pela maioria fala Jair Bolsonaro. Pelo que sobra fala o ex-presidiário Lula da Silva.

É necessária muita calma nessa hora. Alguns trechos indignantes chegam a provocar risos. Mas é sério. Em novembro último, quando Lula abriu a boca ao sair da prisão, disse: “…Deus escreve por linhas tortas. Eu li como jamais tinha lido na minha vida. Tem muita gente que não consegue comer o que estou comendo…”. Fica para análise se há crença em Deus de um candidato a socialista e se é verdade que ele leu mesmo em seus dias de reflexão forçada. Sem comentar que ele esqueceu a boia que engolia em Caetés.

E concluiu: “Nada nem ninguém vai devolver o pedaço arrancado da minha existência, mas quero dizer que aproveitei esses 580 dias para ler, estudar, refletir…”. Não ache graça, é sério! Ele, naturalmente, não falou sobre trabalhar porque agora tem como justificar ao menos o período em que esteve impedido.

Bolsonaro comentou na sequência: “Não dê munição ao canalha, que momentaneamente está livre, mas carregado de culpa.”

A irresponsabilidade de Lula ao microfone continua: “Eu não posso mais ver jovem de 14, 15 anos, assaltando e sendo violentado, assassinado pela polícia, às vezes inocente ou às vezes porque roubou um celular…”. Para ele tanto faz se jovens inocentes são assaltados e mortos em proporção infinitamente maior do que o número de menores criminosos e impunes que não são detidos.

Sobre a redução da idade penal, Bolsonaro defende: “O Ministério da Justiça afirma que 0,2% de jovens, ou seja, 2 em mil, cometem esse tipo de crime bárbaro em nosso país. Então nós não podemos, para defender 0,2%, duas pessoas, prejudicar 998.”

Cabe ao eleitor tirar suas conclusões sobre o tema.

Jair Bolsonaro também deu suas caneladas no passado. Em 2014, ao enfrentar a deputada federal vermelha Maria do Rosário, afirmou que ela era muito ruim, que era feia, que não merecia ser estuprada. A ofensa foi objeto de ações jurídicas. O curioso é que ele defende a castração química para crimes sexuais. Ao votar pelo impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, declarou o voto aludindo: “…pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff!”.

Ustra, morto três anos depois e que sempre negou as acusações, foi considerado torturador em 2012 por ação declaratória na Justiça. Nos dois casos, os episódios pontuais e individuais foram objeto de providências legais.

A diferença para os crimes cometidos pela organização bilionária criminosa do período Lula/Dilma é desproporcional e muito pouco até agora está concluso: BNDES; Friboi; Pasadena; as refinarias da Petrobras supostamente doadas ao cocaleiro Evo Morales, expulso da Bolívia; Programa Mais Médicos; obras financiadas com recursos da Educação, Segurança e Saúde dos brasileiros que jamais serão pagos. Aliás, são pagos, sim, com a morte de milhares de brasileiros diariamente nas ruas e hospitais. Mas o eleitor deve tirar suas conclusões.

A metralhadora verbal de Lula continua: “Se pegar o Dallagnol, se pegar o Moro, se pegar alguns delegados que fizeram inquérito, enfiar um dentro do outro e bater num liquidificador, o que sobrar não é (sic) 10% de honestidade que eu represento nesse país”; “…o problema não é falta de dinheiro, ou melhor, não é falta de produção, não é falta de conhecimento científico, o problema é falta de canalhice das pessoas que governam…”; “O Rio de Janeiro não merece que governadores estejam presos porque roubaram o povo brasileiro e roubaram do dinheiro público…”; “Eu preciso provar que o juiz Moro não era juiz, era um canalha… eu preciso provar que o Dallagnol não representa o MP… …o Dallagnol montou uma quadrilha com a Força Tarefa da Lava Jato…”; “A gente tem que seguir o exemplo do povo do Chile, do povo da Bolívia, a gente tem que resistir, não é resistir, na verdade é lutar, é atacar”.

Qualquer cidadão, ciente de que é isso que temos para o momento, deve ficar atento aos detalhes. O condenado Lula da Silva em nenhum momento deu satisfação sobre seus crimes e de seus companheiros, réus confessos, nem tampouco acusou Bolsonaro e seus ministros de desvios.

O cerne da questão é escolher um governo que é recordista mundial em roubar a população ou um que até agora não deu sinais de que pretende fazer o mesmo.

Provisoriamente protegido pela decisão do STF de recuar sobre a prisão em 2ª instância, até que Jair Bolsonaro substitua dois ministros daquela Corte, nunca antes na história deste país um criminoso foi às ruas convocar bandidos, assassinos, delinquentes, ignorantes, desajustados e desavisados para uma guerra civil. No popular, dizem: vai dar ruim pra você, Atibaia.

Enquanto isso Bolsonaro sonha com o coronel Ustra para descobrir quem contratou o Adélio. Mas fica para o eleitor a conclusão sobre os novos tempos e para onde deseja caminhar.

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