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Pescaria no final da tarde deixa ‘Amigo’ sem fôlego

DF completa 87 dias sem chuva, pode chover no Distrito Federal na próxima semana. É o que prevê o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet)

O sol já quase dando até logo era o prenúncio de mais uma pescaria. Lá estavam Orestes e seu fiel vira-lata Amigo. O homem tirou a blusa e a jogou ao lado, retirou o par de tênis e as meias. Só de bermuda, pegou a vara de pescar e a latinha cheia de minhocas.

Caminhou em direção às águas escuras do lago Paranoá, ali na prainha do Lago Norte. Os pés tocaram a água, ao mesmo tempo em que Orestes virou o rosto para ver seu cachorro. Amigo já se aninhara sobre a camisa do seu dono. O homem sorriu.

Orestes, apesar de quase sempre pescar tilápias, estava convencido de que aquele seria seu dia de sorte. Não voltaria para casa sem um tucunaré dos grandes! Até vislumbrava o rosto de felicidade da Rita, sua esposa, quando ele entrasse porta adentro com aquele peixão.

As horas avançaram, e nada de tucunaré. Quase desistindo daquele troféu, o pescador já carregava na cintura uma fieira com cinco tilápias e um piau. A janta estava mais que garantida, mas ele queria porque queria tentar a última jogada.

Arrancou a cabeça de uma das tilápias, a prendeu no anzol e, quando já ia lançar a linha na água, Amigo despertou e começou a latir.

Orestes mandou o cachorro calar a boca, mas nada dele obedecer. Insistente, Amigo se aproximou da água e continuou latindo insistentemente. O homem, antes que pudesse fazer alguma coisa para parar com aqueles latidos, sentiu uma forte pressão na perna direita. Não teve nem tempo de gritar, pois logo estava totalmente submerso.

Amigo, desesperado com o sumiço do seu dono, ainda entrou na água. O cachorro nadou de um lado para o outro, nadou em círculos. Nada do Orestes. Exausto, voltou para a margem e, encolhido, acabou adormecendo aninhado na camisa do seu dono.

Terça, 4, o segundo capítulo

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