As pesquisas (a última, de janeiro/fevereiro, e as de 2024) do Instituto Genial/Quest que tinham por objetivo apresentar fraquezas do governo Lula 3, na tentativa de inviabilizar a possibilidade de um Lula 4, acabaram por se constituir em um tiro que saiu pela culatra. Apesar da insistência em jogar a popularidade do presidente ladeira abaixo, o próprio instituto verificou que a sua estratégia deu com os burros n’água: um ano depois apurou-se que a direita não tem candidato para vencer Lula.
De acordo com a pesquisa divulgada na segunda-feira (3), Lula é o favorito para a eleição presidencial de 2026. O presidente aparece com o maior índice de intenções de voto nos cenários testados e venceria todos os rivais do campo da direita no segundo turno. Sem Bolsonaro, que está inelegível, nos quatro cenários testados para presidente Lula lidera. As intenções de voto do petista variam entre 28% e 33%, a depender da composição da disputa.
Antes de divulgar a vantagem de Lula nas urnas contra todos os adversários da direita, que investe milhões de reais em pesquisas que são feitas em cima de noticiários negativos produzidos pela chamada imprensa corporativa, o Genial/Quest divulgou outra parte do mesmo levantamento, a que avalia o governo Lula 3. E o que a pesquisa mais destacou foi o fato da desaprovação de Lula ter superado, pela primeira, a sua aprovação. Com a desaprovação crescendo a cada pesquisa, ninguém ia estranhar que ela ultrapassasse a aprovação.
Esse resultado negativo foi conseguido por meio dos puxadinhos da pesquisa, explorando os laços de Lula com Maduro, da Venezuela, ou o seu afastamento de Benjamin Netanyahu, o genocida primeiro-ministro de Israel, e até colocando no colo do governo, como fez a imprensa corporativa, as fake news produzidas em cima das mudanças do Pix para combater crimes financeiros, como a sonegação tributária e a lavagem de dinheiro, ou o dólar nas alturas. Foi trabalhando assim, no último ano, que esse instituto buscou arrastar Lula para o buraco.
Já as notícias positivas decorrentes das ações do governo eram sempre exploradas negativamente: o PIB cresce, mas o tal mercado compara o resultado a um voo de galinha; a inflação aumenta, mas bota-se a culpa nos investimentos sociais do governo e escondem as isenções fiscais que beneficiam grandes empresas nacionais e multinacionais. Ignoram-se as menores taxas de desemprego de toda a história recente do país, assim como o aumento da renda dos trabalhadores, que tem levado ao crescimento das vendas no comércio, dos serviços e da produção industrial e provocando uma inevitável inflação de demanda.
Apesar de todo esse esforço para esconder o bom momento que o Brasil vive, social, político e econômico, com o governo e o Poder Judiciário enfrentando um Congresso de deputados e senadores fisiológicos, que só pensam em usar sem nenhum controle as emendas ao orçamento da União, ou se preocupam em conceder anistia aos terroristas que destruíram a Praça dos Três Poderes, a última pesquisa do Instituto Genial/Quest, embora tenha apurado uma reprovação maior do que a aprovação do governo Lula 3, não conseguiu sequer vislumbrar uma derrota do presidente para qualquer um dos seus adversários da direita.