Um dia desses encontrei-me com um velho camarada, quadro influente nos meus tempos de PT, e ainda hoje dirigente importante.
Simpático, caminhou em minha direção e nem me deixou cumprimentá-lo, foi logo dizendo:
– Rodrigo vai fazer o povo sentir saudades do Agnelo, sentenciou.
Óbvio que se referia ao atual governador do Distrito Federal, o socialista Rodrigo Rollemberg, e ao seu antecessor, o petista Agnelo Queiroz.
A maneira de falar entrega o companheiro: continua petista na essência; acredita que fala em nome do povo; está à vontade na oposição; e não tem qualquer compromisso com a verdade.
O velho camarada sumiu na poeira do vento. Me perguntei como é possível ainda a petistas comemorarem as dificuldades da atual administração?
O governador pode e deve ser criticado, pelo que fez ou deixar de fazer. Mas a ‘companheirada’ definitivamente perdeu o senso de ridículo.
Depois de uma surra nas urnas, do caos administrativo legado e da irresponsabilidade fiscal, deveriam, no mínimo, purgar um silêncio obsequioso. Por quatro anos.