“O Petrolão subiu a rampa do Palácio do Planalto e entrou no gabinete da Presidente Dilma Rousseff. Ela não tem mais como tentar se desvencilhar do mega escândalo da maior estatal do Brasil”.
Foi o que declarou o deputado Antonio Imbassay (PSDB-BA), vice-presidente da CPI da Petrobras ante a revelação do empresário Ricardo Pessoa de que passou R$ 7,5 milhões para a campanha da reeleição da presidente Dilma, em 2014. Em 2010 doou R$ 2,5 milhões para a campanha do ex-presidente Lula.
Ricardo Pessoa recebeu do Supremo Tribunal Federal o benefício da delação premiada e é apontado como coordenador do clube de construtoras envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras. Tais recursos saíram dos desvios criminosos que aconteceram na estatal.
O PT confirmou as doações das empreiteiras, assegurando que ambas foram legais. Tanto Dilma como o PT passaram a usar uma estratégia para desqualificar as ações das operações da Lava-jato e do juiz federal Sergio Moro. Já a oposição se animou em levar adiante seu projeto de pedir a abertura de processo para declaração do impeachment da presidente Dilma.
Nos Estados Unidos, onde foi se encontrar com o presidente Barack Obama, a presidente Dilma negou que sua campanha da reeleição tenha recebido recursos irregulares do Petrolão. E atacou o delator Ricardo Pessoa. Para o senador Aécio Neves, a “presidente não está raciocinando adequadamente ou acredita que pode continuar a zombar da inteligência dos brasileiros”.
Já o procurador geral da República, Rodrigo Janot, classificou de “descomunal” o esquema de corrupção descoberto na Petrobras.
Cláudio Coletti