Para enganar os turistas de outros estados e os estrangeiros, de que a violência está sob controle no Rio de Janeiro, o governador Luiz Fernando Pezão determinou a suspensão de todas as operações da Polícia Militar em morros e favelas da capital a partir da próxima semana e até o dia 13 de julho, após a Copa do Mundo, cuja final será no Estádio Maracanã.
A medida vale para todos os batalhões da PM e as unidades especiais, como o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais). Com essa “trégua” não declarada, a Secretaria de Segurança Pública, comandada por José Mariano Beltrame, espera reduzir os confrontos com traficantes de drogas e minimizar a sensação de insegurança que se instalou na capital e na Região Metropolitana nos últimos dias e que têm repercutido na imprensa internacional.
A medida é um “liberou geral” para o crime organizado no Rio e uma demonstração do governo estadual de que não tem como resolver ou controlar a situação. Agora, as quadrilhas poderão tranquilamente retomar o território e imporem o terror que vigorava antes da implantação das UPPs.
Na prática Pezão e Beltrame estão abandonando a população para dar uma aparência de que o Rio vive na tranquilidade, e liberando a venda de drogas até o final da Copa. As recentes ocupações da PM em comunidades tiveram resultados desastrosos. Em abril, durante ocupação da comunidade Pavão Pavãozinho, o dançarino Douglas Rafael da Silva, o DG, foi morto com um tiro nas costas, tendo o corpo dele sido encontrado caído no terreno de uma creche. A Polícia Civil ainda apura de onde partiu o tiro que o matou (se dos traficantes ou de algum policial) ou se DG foi atingido por bala perdida.