Mais dois anos
Pfizer avisa que Brasil vai precisar de muita vacina
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emAlerta da Pfizer: o governo brasileiro precisa começar a montar uma estratégia para comprar vacinas contra a Covid em 2022 e 2023, porque a crise sanitária vai se arrastar por mais tempo e a oferta será bem menor do que a procura. Deixada de lado pelo Palácio do Planalto no ano passado, a farmacêutica norte-americana diz que as negociações de compras futuras devem se dar “no mais curto prazo possível”.
A sugestão foi feita em abril pelo vice-presidente para política global da Pfizer, Jon Selib, à cônsul-geral do Brasil em Nova York, Maria Nazareth Farani Azevêdo. Parece que o alerta surtiu efeito, pois dias depois do encontro, o governo fechou novo contrato com a empresa para comprar mais 100 milhões de doses do imunizante.
O relato do encontro está no montante de documentos entregues pelo Ministério das Relações Exteriores à CPI da Pandemia. A correspondência foi enviada pela cônsul-geral ao ministro Carlos Alberto França no dia 28 de abril. Azevêdo diz que recebeu o executivo da Pfizer no dia anterior, atendendo determinação feita pelo chefe do Itamaraty para que as missões diplomáticas e consulados do Brasil no exterior estivessem “cada vez mais engajados numa verdadeira diplomacia da saúde, dada a urgência e prioridade do combate à pandemia da Covid-19”.