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500 mil reais

‘Pilantropia’ esbarra na seriedade de assessora da Secretaria de Cultura

Publicado

Autor/Imagem:
Carolina Paiva

Garantida no cargo pela mão-de-ferro do secretário Bartolomeu Rodrigues, uma assessora da Secretaria de Cultura, alvo de supostos ataques por desafetos que não conseguiram aprovar projetos milionários, está disposta a recorrer à justiça para evitar ser caluniada.

O caso é emblemático e envolve 500 mil reais, que seriam originariamente destinados à produção de uma revista. Os nomes dos envolvidos são mantidos sob reserva. O próprio secretário, procurado, preferiu não se manifestar, mas sinalizou que a servidora tem todo o seu apoio.

O que se sabe é que um jornalista ‘foca’ – no jargão da imprensa, um repórter iniciante -, filho de um já experiente e teoricamente famoso jornalista, teve seus interesses contrariados na secretaria de Cultura.

Ex-filiado ao PT e opositor diuturno do governador Ibaneis Rocha, o ‘foca’, tido como “menino birrento”, passou a andar no colo de ‘Jesus Cristo’ para conseguir ajuda para o seu projeto. Mas as orações e as mãos dadas não surtiram o efeito desejado.

Contrariado, o desafeto, também conhecido por sua voz desafinada como músico, passou a atacar, ao que se comenta  covardemente, quem passa no seu caminho.

A assessora, consciente das suas obrigações e avessa a ‘jeitinhos’, foi aconselhada a não se deixar intimidar e manter a cabeça erguida. Não deve, também, engolir recados ameaçadores.

Na Secretaria de Cultura informou-se que nada se faz que não esteja nas letras da lei. Consequentemente, observou-se, ninguém se intimida com rezas que ecoem do Gama a Planaltina.

Disposta a contra-atacar, a assessora bateu na porta do Ministério Público. E descobriu que há fatos que sustentam sua posição ao manter o ‘não’ à liberação de 500 mil reais.

Companheiros de trabalho na Secretaria de Cultura avaliam que a servidora não mistura filantropia com pilantropia. E que estaria propensa a expor o esquema criminoso. A dica, dizem, é seguir o caminho dos traços do dinheiro. Nesse caso, advertem, a emenda será pior que o soneto.

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