Um novo estudo conduzido por pesquisadores da Universidade da Califórnia sugeriu que o uso de remédios para dormir pode se traduzir em um risco aumentado de demência para pessoas brancas. A pesquisa envolveu cerca de 3.068 participantes idosos com mais de 74 anos de idade que não sofriam de demência no início do estudo e que foram “acompanhados por uma duração média de nove anos”, de acordo com um comunicado emitido pela universidade.
Os autores do novo rascunho de artigo publicado no Journal of Alzheimer’s Disease alegam que 20% dos participantes desenvolveram demência, com os participantes brancos que tomavam remédios para dormir “frequentemente” ou “quase sempre” exibindo uma chance 79% maior de desenvolver essa aflição, do que aqueles que raramente usavam pílulas para dormir ou não as usavam.
Ao mesmo tempo, o uso de medicamentos para dormir aparentemente não afetou a probabilidade dos participantes negros.
O principal autor do estudo, Yue Leng, Ph.D, do Departamento de Psiquiatria e Ciências do Comportamento da UCSF, ponderou que essas diferenças podem estar relacionadas ao “status socioeconômico” dos participantes.
“Os participantes negros que têm acesso a medicamentos para dormir podem ser um grupo seleto com alto nível socioeconômico e, portanto, maior reserva cognitiva, tornando-os menos suscetíveis à demência”, disse.
“Também é possível que alguns medicamentos para dormir estejam associados a um risco maior de demência do que outros”, pontuou Yue Leng. Os pesquisadores também descobriram que os participantes brancos eram três vezes mais propensos a tomar pílulas para dormir do que os participantes negros.