Pediculose. A palavra pode ser estranha, mas em época de volta às aulas costuma ser um problema de saúde pública frequente entre as crianças: é a doença parasitária causada por piolhos. No ambiente estudantil, a transmissão ocorre facilmente porque os alunos ficam por muito tempo no mesmo ambiente, normalmente fechados.
O dermatologista Douglas Lobão explica que o piolho vive e se reproduz na superfície do couro cabeludo, onde suga o sangue. As lêndeas – como são chamados os ovos dos piolhos – são ‘pontinhos’ brancos agarrados aos fios dos cabelos.
“Crianças entre 3 e 10 anos ficam mais vulneráveis à doença se permanecerem em ambientes aglomerados, quentes e fechados. O uso compartilhado de roupas, toalhas e acessórios é fator que contribui para a transmissão. Meninas com cabelos compridos também são mais suscetíveis ao problema”, explica o médico.
O sintoma mais característico da doença é a coceira no couro cabeludo. Em alguns casos, segundo o dermatologista, pode ser intensa e provocar ferimentos na cabeça, atrás das orelhas e nuca. O médico diz que a pediculose ocorre ainda no corpo e na região pubiana.
“A higienização de roupas e utensílios pessoais é essencial para resolver o problema, de preferência com água fervendo. É indicado pentear o cabelo quando estiver molhado e com um pente de dentes finos. Medicação oral só com a prescrição de um profissional”, afirma Douglas Lobão, acrescentando que o ideal é que a criança com a doença não tenha contato com outras, ou fique afastada do ambiente onde ocorre a infestação até que a situação se normalize.
Mitos sobre o piolho
1) O piolho não pula ou voa da cabeça de uma criança para a outra.
2) Não aplique vinagre fervendo ou qualquer outra substância química para eliminar o piolho ad cabeça da criança. O tratamento é de acordo com a prescrição de um dermatologista.
3)Raspar ou cortar o cabelo da criança não trata ou impede a contaminação.
4) Cabelo ‘sujo’ não ‘atrai’ piolhos.
Verdade sobre o piolho: adultos também podem ‘pegar’ o piolho.