Para discutir o panorama e os desafios do setor em toda a região, produtores comerciais de pescado vão se reunir no 16° Encontro de Piscicultores do Distrito Federal e Entorno, na quarta-feira (23). Para participar, basta ao produtor fazer a inscrição prévia no escritório local onde é atendido ou mais próximo da propriedade.
Promovido pela Emater com apoio da Secretaria de Agricultura (Seagri), o evento é gratuito e será realizado no auditório do Centro de Formação Tecnológica e Desenvolvimento Profissional (Cefor) da Emater, na Ceasa, entre as 8h30 e 16h.
A programação inclui palestras sobre o panorama da piscicultura no DF e Entorno e o custo de produção e manejo alimentar na piscicultura. Serão criados grupos temáticos sobre a cadeia de insumos, sistemas de produção, processamento e comercialização. Ao final, será apresentado um documento com as principais deliberações dos piscicultores para promover o desenvolvimento sustentável da atividade na região.
Segundo dados da Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR), o DF produziu 2.050 toneladas de peixes em 2021. Desse total, 1.800 toneladas foram de tilápia e 250 toneladas de peixes nativos. Já em Goiás, a produção naquele ano foi de 29.600 toneladas – 20.200 de tilápia, 9.200 de peixes nativos e 300 de outras espécies. Para 2022, está prevista uma estabilidade na produção regional de pescado.
Segundo o coordenador de Aquicultura da Emater, Adalmyr Borges, o DF detém o terceiro mercado consumidor de pescados do país. “Somos um importante ponto brasileiro de distribuição de pescado, com um consumo anual de 60 mil toneladas”, afirma. “A Emater vem trabalhando junto aos produtores de peixe para que a produção cresça de forma sustentável, observando a responsabilidade técnica, social e ambiental”.
O gestor aponta algumas demandas do setor para o crescimento da produção na região, como aumentar a eficiência e a competitividade, promover a organização dos piscicultores e ampliar os canais de comercialização formais. A Emater, informa ele, vem incentivando a criação de peixes e camarões por meio de capacitações que incluem técnicas de construção de viveiros, métodos de manejo de peixes, sistemas de criação em fases, recirculação da água e sistema de bioflocos.