O comando nacional do PSDB está frustrado com o baixo desempenho do deputado Luiz Pitiman na campanha pelo Palácio do Buriti. E tucanos de alta plumagem começam a articular a desistência do seu candidato. Se isso acontecer, Pitiman, embora resistente, vai pousar nos braços de Jofran Frejat (PR).
O próprio senador Aécio Neves, que concorre ao Palácio do Planalto, tem incentivado conversas diretamente com a coligação encabeçada por Frejat. O porta-voz dos tucanos para negociar o apoio é o presidente regional da legenda, Eduardo Jorge, ex-chefe da Casa Civil de Fernando Henrique Cardoso.
O pensamento do PSDB é o de que, ao lado de Frejat, de Arruda e do clã Roriz, o senador Aécio Neves terá um palanque forte na capital da República. As conversas devem caminhar para uma batida do martelo até o dia 30. Cedendo à direção nacional do partido e apoiando Frejat, Pitiman teria espaço num eventual governo do PR.
O argumento dos tucanos para que Pitiman jogue a toalha é válido. Afinal, Aécio Neves perdeu terreno em Brasília, embora tenha crescido quatro pontos na última pesquisa Datafolha. A mudança para cima, porém, se deu no Sudeste. Na capital, o presidenciável tucano oscila muito. E quanto mais Pitiman cai, mais difícil fica a situação do senador.
Karla Maranhão