Após o sucesso do boneco inflado gigante representando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos protestos do último dia 16 de agosto, os manifestantes contrários ao governo Dilma Rousseff (PT) trouxeram duas novidades ao protesto de 7 de Setembro em Brasília. Uma boneca gigante da presidente Dilma foi inflada no gramado da Esplanada dos Ministérios, e “miniPixulecos” (bonecos em miniatura de Lula) foram vistos no local.
A boneca de Dilma feita pelos manifestantes tem nariz comprido, como o do personagem Pinóquio, veste roupa vermelha, com a estrela do PT, está coberta com uma mancha lama. Ela foi batizada de “Pixuleca”. Segundo a “Folha de S.Paulo”, a boneca tem 12 metros de altura, pesa 300 quilos e custou R$ 12 mil, pagos pelo Movimento Brasil.
No camarote das autoridades, Dilma encontrou ainda Rodrigo Rollemberg (PSB), governador do Distrito Federal, e Jaques Wagner (PT), ministro da Defesa, entre outros políticos. Segundo a Polícia Militar do DF, 25 mil mil pessoas assistiram ao evento, que ocorre dias depois de revelações feitas pela operação Lava Jato, que investiga irregularidades em contratos da Petrobras, chegarem a dois ministros do governo: Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Comunicação Social).
No final de semana, o ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou investigações contra a dupla. A suspeita é de que eles tenham recebido dinheiro com origem ilícita para abastecer campanhas do PT, entre elas, a de reeleição da presidente Dilma.
Com índices de aprovação em torno de 7%, a presidente decidiu não fazer o tradicional pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão. Nas últimas vezes em que a presidente fez pronunciamentos em rede nacional de rádio e TV, foram registrados “panelaços” em diversas cidades brasileiras.
A Polícia Militar confirmou a presença de 100 a 200 manifestantes pró-Dilma na Catedral de Brasília e aproximadamente 1000 contrários concentrados no Museu Nacional da República.
Do lado de fora do desfile, próximo ao Ministério do Trabalho, um grupo de manifestantes com faixas, vassouras e cartazes protestou chutando as placas de metal que fazem o isolamento da área do desfile.
Também distante do local onde estavam as autoridades, manifestantes usaram bonecos infláveis de Dilma e do ex-presidente Lula Inácio Lula da Silva. Os manifestantes só tiveram acesso ao gramado da Esplanada após o fim do desfile oficial e um forte esquema de segurança foi montado. Revistas foram feitas em vários pontos para impedir que faixa e cartazes cheguem ao palanque presidencial. O evento custou R$ 830 mil para o governo federal, um valor 30% menor que o gasto em 2014, quando foram pagos R$ 1,1 milhão. A segurança do local foi feita por homens do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, militares das Forças Armadas e da PM (Polícia Militar) do Distrito Federal. De acordo com o governo do DF, 1,5 mil PMs atuaram no local.