Carolina Paiva, Edição
Depois de o presidente Michel Temer (PMDB) dizer nesta terça-feira, 29, que o governo não devia se preocupar com as manifestações e que elas são legítimas numa democracia, o acirramento dos protestos que aconteceram na Esplanada gerou preocupação no Palácio do Planalto.
Interlocutores do presidente reforçam que o próprio Temer destacou que os protestos não deveriam ser violentos, mas salientam que há sim um temor de que o episódio possa inflar os atos que estão sendo convocados para o dia 4, em São Paulo.
A manifestação foi convocada contra um eventual projeto de anistia ao caixa 2. E mesmo depois da explicação de Temer de que o projeto não avançaria os movimentos que foram responsáveis pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff – Vem Pra Rua, Movimento Brasil Livre e Nas Ruas – querem fazer o ato “contra todos os corruptos”.
Há também protestos contra a PEC do Teto e contra a MP do Ensino Médio sendo convocados para o dia 11, véspera da previsão do segundo turno da votação da PEC no Senado.
Em relação à votação do primeiro turno da PEC do teto, um auxiliar do presidente disse que ainda é cedo para avaliar o impacto dos protestos e se a manifestação pode interromper os trabalhos e atrapalhar o objetivo do governo de aprovar a matéria em primeiro turno.