Cachorro no mato
Planalto manda fazer varredura nas vendas com atrasos na Terracap
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Jonathas Assunção Salvador Nery de Castro, Mauro Benedito Santana Filho, Ricardo Soriano de Alencar e Erick Moura de Medeiros, foram instruídos pelo ministro Ruy Costa, ministro-chefe da Casa Civil de Lula, a usarem uma lupa para saberem o que anda jogando a Terracap no vermelho.
Os três são conselheiros da União na empresa de terras de Brasília, de economia mista. Ao trio foi dada a missão de cobrar respostas a supostas negociatas que estariam levando a estatal à derrocada.
O sinal vermelho foi aceso nesta segunda, 17, no Palácio do Planalto, após a notícia de que a Terracap está dando um novo prazo para que os promitentes compradores acertem as contas com os cofres da empresa.
Fontes bem situadas no Palácio do Planalto demonstraram estranheza com o fato de a Terracap ter encerrado abruptamente uma campanha de quitação de débitos, tipo pai para filho, com até 100% de descontos sobre multas e juros de mora para as renegociações de débitos em atraso.
O mais estranho é que Todas as renegociações serão feitas observando os vencimentos anteriores a 12 de dezembro de 2024. Os clientes com parcelas em atraso junto à Terracap podem obter até 100% de descontos sobre os valores atualizados de multas e juros de mora – a depender do percentual mínimo de entrada, mantendo a correção monetária da dívida principal.
Essa decisão vai contra os estatutos da Terracap. E como acionista da empresa – até porque é proprietária de muitas das terras que estão sendo vendidas a preço de fim de feira – a União tem interesse direto no assunto. O relatório pedido por Ruy Costa deve ser encaminhado ao Palácio do Planalto até o fim do mês.
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