O governo passou os últimos dias contando os votos que tem no Congresso para barrar a tramitação de um possível processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A maior preocupação do Palácio do Planalto, agora, informa o Uol, é com a deterioração do relacionamento com o vice-presidente Michel Temer, que comanda o PMDB, e com a bancada do partido.
Dilma conversou mais de uma vez por telefone, na segunda-feira (14), com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski. À noite, ela reuniu para um jantar 19 governadores da base aliada, no Palácio da Alvorada.
Embora o encontro tenha sido para pedir apoio às medidas de austeridade fiscal, com corte de R$ 26 bilhões, congelamento de salários do funcionalismo e reedição da CPMF, o governo tentou vender ali a imagem de que está reagindo à crise. Ficou claro, ainda, que Dilma espera o respaldo dos governadores contra a tentativa de derrubá-la.
Na linha de frente do monitoramento dos aliados, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o assessor especial da Presidência, Giles Azevedo, têm mantido conversas reservadas com deputados, senadores, empresários, governadores e também com advogados.