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Planalto recorre a São Francisco para aprovar a nova Previdência

Foto: Valter Campanato/ABr

O Planalto se prepara para o seu “batismo de fogo” na sua relação com o Congresso Nacional. Com o início da nova legislatura em fevereiro, o núcleo político começou a mobilizar ministros e parlamentares aliados para garantir a aprovação, ainda neste primeiro semestre, da reforma da Previdência que está sendo elaborada pela equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Para isso, espera o estancamento da crise envolvendo o deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), citado em investigação do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que identificou movimentações financeiras consideradas atípicas.

Antes de começar o trabalho pela aprovação da reforma, o governo terá pela frente as eleições pelos comandos da Câmara e do Senado, marcadas para o dia 1.º de fevereiro. Com o afastamento do presidente Jair Bolsonaro, pelo menos até a véspera da disputa em decorrência da cirurgia para a retirada da bolsa de colostomia, os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz, estarão à frente de costuras e conversas com lideranças da base aliada e outros parlamentares.

Na volta do presidente, prevista para o início de fevereiro, o Planalto pretende atuar por meio de núcleos para avançar nas negociações com os parlamentares. Onyx contará com uma equipe de ex-parlamentares para as conversas com lideranças. Por sua vez, o ministro Santos Cruz deverá receber deputados e senadores para tratar da liberação de verbas previstas no Orçamento Geral da União a atendimentos de prefeitos e lideranças regionais, segundo um auxiliar do presidente.

Em paralelo, Bolsonaro acertou com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, para iniciar no Congresso um debate sobre medidas de combate à violência. As ações são as primeiras de uma série que Moro pretende aprovar no combate ao crime organizado e à corrupção.

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