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Plantas e árvores invadem o Casacor mostrando vida interior

Foto/Divulgação

Ao longo da história, nossas casas, para não dizer nossas cidades, foram construídas senão para dominar, ao menos para manter a natureza sob controle. Não deixa de ser curioso portanto que, para grande parte dos arquitetos, o desafio que se coloca hoje é o oposto, ou seja, trazer a natureza de volta para o convívio doméstico e colocar a tecnologia, dentro do possível, em segundo plano.

Espécie de vitrine do melhor da arquitetura de interiores, decoração e paisagismo residencial produzidos no País – visto que a mostra conta com a participação de profissionais de vários estados – é sob esta perspectiva que a 32ª edição da Casacor abre suas portas na terça-feira, 22, na sua já tradicional locação, o Jockey Club. Partindo do tema ‘Casa Viva’, a ideia foi reforçar a presença da natureza em seus 80 ambientes, fazendo dela elemento essencial na configuração da morada contemporânea.

“A mostra oferece exemplos concretos de como a biofilia pode ser aplicada nas nossas casas, dinamizando nossa experiência cotidiana”, afirma Livia Pedreira, diretora superintendente da Casacor, citando uma das linhas de pesquisa do biólogo norte-americano Edward Osborne Wilson, que fala do amor instintivo que sentimos pela natureza, e que explica porque nos sentimos tão bem diante de sons, cores, cheiros e texturas que nos religam a ela.

Uma proposta acolhida com entusiasmo pelo elenco Casacor, que acabou por se traduzir em espaços altamente sensoriais, onde a presença maciça de plantas e árvores, muitas delas centenárias, ajudou a diluir a fronteira entre interiores e exteriores e, em dimensão mais expandida, enfatizou uma maior atenção a aspectos relacionados à preservação ambiental.

“Precisamos redefinir uma aliança mais cordial entre os mundos natural e artificial”, defende Livia, ressaltando o predomínio na mostra de construções mais sustentáveis e autorais. “Existe um desejo de ser único, de fazer da casa um refúgio frente ao avanço da tecnologia. Inexistem tendências unificadoras, o que, aliás, me parece muito mais saudável”, afirma.

Em síntese, uma mostra, em seu conteúdo e formato, de fato eclética, que o Casa apresenta hoje em primeira mão e que você começa a desvendar nas próximas páginas. Boa visita!

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