Respirando natureza
Plantas nas salas e cômodos são destaques da Casacor
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emOs anseios, desejos e demandas – dos mais imediatos aos mais secretos – dos moradores dos grandes centros urbanos estão refletidos nas casas projetadas para a edição deste ano da Casacor. Ao todo, 19 unidades residenciais completas, com quarto, sala, cozinha e banho, além de jardins e áreas de convivência, assinadas por profissionais de destaque no cenário nacional.
Fiéis ao tema sugerido pela organização, ‘Casa Viva’, são projetos que buscam unir o senso comum do que é morar bem a pontos de vista bastante particulares, principalmente no quesito estética. Para a arquiteta Debora Aguiar, que assina o maior espaço da mostra, com 1.100 m², o principal desafio foi, de fato, fazer uso inteligente dos recursos e explorar toda a área disponível.
“O jardim tem um papel fundamental nesse projeto. Toda a circulação e integração dos espaços estão voltados para ele, o que favorece a entrada de luz natural abundante e traz o verde pra dentro”, conta. A interligação da casa é feita por um pergolado de toras de madeira e por vidros. “Busco sempre essa transparência em meus projetos”, diz.
Em parceria com a startup Syshaus, Arthur Casas desenvolveu a primeira residência da marca. Trata-se de uma casa que propõe um uso inteligente de recursos. Por dois anos e meio, Casas e Syshaus buscaram uma solução construtiva versátil e sustentável, capaz de permitir uma obra rápida e sem desperdícios de materiais. Como resultado, apresentam hoje uma casa que pode ser instalada em qualquer terreno e local e oferece variadas possibilidades de tamanhos e programas.
“Sempre fui ‘grilado’ com o nosso sistema de construção. É defasado, consome muito tempo, recursos e gera um desperdício e um custo enormes”, explica o arquiteto. A Syshaus House engloba ainda mecanismos inovadores de reaproveitamento de água da chuva, de abastecimento de energia por meio da captação solar e de produção de gás para fogão a partir da decomposição de lixo orgânico. “Ainda temos muito a evoluir. Estamos só no começo”, diz.
Outro bom exemplo de convergência entre anseios e demandas, a Casa Raízes, da Triplex Arquitetura, foi construída em torno de uma espécie que fica cravada no meio da construção e interage com todo o espaço – recurso, aliás, presente em muitos outros projetos da mostra. “Essa casa mistura o que sonhamos e desejamos para um viver funcional, confortável e acima de tudo, cheio de prazer”, resume Adriana Hulú, uma das três sócias do escritório.