A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) adquiriu uma plataforma flutuante, instalada no Lago Paranoá, próximo à Ermida Dom Bosco, para fazer estudos sistemáticos da qualidade da água.
O equipamento é capaz de registrar, em diferentes profundidades e em tempo real, para aprofundar conhecimento sobre a dinâmica do manancial, parâmetros básicos como:
Densidade de algas
Temperatura
pH (escala para especificar a acidez)
Condutividade
Turbidez
Oxigênio
Utilizado inicialmente para recreação e fornecimento de energia elétrica, o Paranoá tornou-se recentemente, em meio à crise hídrica vivida no DF, uma fonte de abastecimento de água para consumo humano.
A plataforma flutuante poderá também, a médio prazo, fazer simulação tridimensional da hidrodinâmica da qualidade do recurso. Assim, será possível agir preventivamente em relação a ameaças de poluição, segundo o presidente da Caesb, Maurício Luduvice.
“Isso permitirá uma avaliação mais abrangente dos potenciais riscos à coleta de água bruta, como, por exemplo, lançamento de esgotos clandestinos e alterações da qualidade devido a diferentes condições meteorológicas”, afirma o dirigente.
O monitoramento da água com uso da plataforma flutuante é feito em tempo real. Os dados são transmitidos via celular, a cada hora, para o laboratório central da companhia. O software utilizado pode disponibilizar os dados no formato de texto, planilha e gráfico.
Com o uso desse equipamento, a Caesb conseguirá aumentar substancialmente a eficácia dos sistemas de segurança da qualidade da água. Permitirá ainda redução nos potenciais danos ao meio ambiente e à saúde humana, por meio das informações rápidas e seguras das possíveis alterações observadas.
O equipamento foi adquirido por meio de pregão eletrônico, com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), ao custo de R$ 386 mil.