Foi sepultado, por volta das 16h deste domingo (9), no Cemitério do Catumbi, Região Central do Rio, o corpo do traficante Celso Pinheiro Pimenta, de 33 anos, conhecido como “Playboy”. Mais cedo, às 12h, o corpo do criminoso foi reconhecido por parentes no Instituto Médico Legal (IML), situado na Leopoldina.
Para a cerimônia de despedida, a Polícia Militar reforçou a segurança do cemitério com homens do 3º BPM (Méier), 4° BPM (São Cristóvão) e 16º BPM (Olaria). A mãe de Playboy passou mal ao ver o caixão do filho.
Na tarde de sábado (8), o traficante morreu em uma casa no Complexo da Pedreira, em Costa Barros, Zona Norte do Rio, durante uma operação conjunta da Polícia Federal (PF), da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e apoio da PM. Ele foi atingido por dois disparos, chegou a ser levado para o Hospital Federal de Bonsucesso, mas não resistiu aos ferimentos.
Playboy era chefe do tráfico do Complexo da Pedreira e estava foragido do sistema penitenciário. Ele foi condenado por tráfico, roubo e homicídio qualificado.
O Disque-Denúncia chegava a oferecer R$50 mil de recompensa por informações que levassem ao paradeiro do traficante mais procurado do Rio. Durante os últimos dois anos foram recebidas mais de 668 denúncias.
O traficante foi um dos líderes da invasão que protagonizou uma noite de terror no Complexo da Maré, na Zona Norte, em 2011. Segundo a PM, ele teria comandado o grupo de pelo menos 50 criminosos que saíram do Caju para tomar as bocas de fumo das Vilas do João e Pinheiros, dominadas por uma facção rival.
Já em janeiro de 2012, dois vídeos mostram de duas jovens tendo os cabelos cortados e sendo atingidas por balas de paintball, na Pedreira. Nas imagens, um homem, chamado por comparsas de ‘Pantera’, e uma mulher aparecem cortando os cabelos das jovens, que foram ‘punidas’ por terem feito comentários sobre o tráfico na Pedreira numa rede social da Internet. As ordens teriam partido do traficante Playboy.