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PMDB desautoriza Filippelli e quer novo nome para o Buriti

Antônio Carlos Nantes é o nome do PMDB para o Palácio do Buriti. Foto/Arquivo Notibras

Os fragmentos da explosão interna do PMDB do Distrito Federal, causada pela indicação do presidente regional Tadeu Filippelli ao nome do advogado Ibaneis Rocha como candidato ao governo, alcançaram os arraiais do comando nacional do partido de modo pouco alvissareiro para o ex-vice-governador.

“Quantas divisões tem o Tadeu para tentar impor um nome de bolso de seu colete, nas condições em que se encontra, e sem passar pela Executiva Nacional?”, foi a expressão de um influente membro do PMDB nacional ao comentar o que considera desatinos de Filippelli.

O ex-assessor especial de Michel Temer, defenestrado de uma cadeira por seu suposto envolvimento em corrupção, provavelmente não sabe que a alta direção do partido está cotejando a hipótese de um nome absolutamente sério como candidato do PMDB ao Palácio do Buriti. E principalmente, que não está filiado ao PLJ (Partido da Lava Jato).

Esse nome, vislumbrado pelos cardeais, por acaso esteve na sexta-feira 3, imprensada por um  Dia dos Mortos que encarna a figura de Filippelli, no vazio Senado Federal, para se reunir com um político emplumado local com mandato naquela casa. É que está sendo cotejado também por outras legendas.

Porém, o homem sério já esteve no passado filiado ao então MDB, e dá preferência a retornar à sua antiga legenda, em vez de se aventurar por outra vereda.

Em sua passagem pelo Senado, ele ouviu também de um medalhão da política brasiliense, uma frase profética:

“Candidate-se, porque está na hora de elegermos um novo. E esse novo não significa que seja um jovem…”

O nome novo e sério (a ordem dos fatores não altera o resultado) que a direção nacional do PMDB está colimando para Brasilia é Antonio Carlos Nantes de Oliveira, atual superintendente da Sudeco.

Domicílio eleitoral em Brasilia, vida pública impecável e uma gestão robustecida por um recorde de aplicação dos fundos constitucionais no Centro-Oeste – um bom quinhão no DF -, desde que lá chegou, há um ano, são seus dotes para encantar os saudosistas da ótima gestão.

Nascido em Campo Grande, domiciliado em Brasilia, considerado competente administrador, mão firme e com tradição política de dois mandatos na Câmara dos Deputados pelo antigo MDB (um por Mato Grosso e outro por Mato Grosso do Sul), está na corrida ao Buriti.

Antes que os estilhaços da decisão de Filippelli implodam o partido, o sério e o novo podem ser a solução para reunir os cacos.

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