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PMDB indica Renan para a reeleição, que sai atirando no seu desafeto Luiz Henrique

O PMDB oficializou nesta sexta 30 o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) como candidato do partido à presidência do Senado. A reunião da bancada do partido terminou com 15 dos 19 senadores peemedebistas se manifestando a favor da reeleição de Renan, que é o atual presidente da Casa.

Desde terça-feira (27), o senador Luiz Henrique (PMDB-SC) anunciou que irá disputar a presidência, independentemente da indicação oficial do partido. Luiz Henrique já recebeu o apoio de representantes de seis partidos – PDT, PSDB, DEM, PSB, PP e PSOL – além de alguns colegas do próprio PMDB.

Como já tinha tomado a decisão “irrevogável” de entrar na disputa, Luiz Henrique optou por não participar da reunião do PMDB, e encaminhou uma carta aos colegas na qual comunicou a candidatura avulsa. Como, historicamente, a indicação do presidente é feita pelo partido com maior bancada, o senador Renan Calheiros criticou a decisão de Luiz Henrique de concorrer, mesmo não tendo o aval do PMDB.

“É preciso respeitar a proporcionalidade, respeitar as indicações dos partidos. O Congresso não caminha por projetos pessoais, candidaturas avulsas. É fundamental não revogar as normas que fazem com que o Parlamento caminhe”, disse Renan depois de ter o nome oficializado.

Criticado por ter demorado a assumir a candidatura à reeleição, Renan justificou que não poderia fazer o anúncio antes que seu partido tomasse a decisão, oficialmente.

“O papel do presidente do Senado é complexo. Você não pode se colocar como candidato à reeleição, atropelando eventual legítimo interesse que porventura exista na própria bancada, como é o caso. Você primeiro precisa da indicação da bancada, do respeito à proporcionalidade para procurar os outros partidos, porque, quando antecipa essa decisão, as pessoas perguntam: ‘e a manifestação do seu partido? Será que seu partido vai indicar você?’. Isso é fundamental, é o respeito ao estatuto, à regra e ao regimento do Senado Federal”, afirmou.

Apesar de faltarem cerca de 48 horas para a eleição para a Mesa Diretora do Senado, Renan se disse “confiante”, e deve começar a ligar para os colegas em busca de apoio. Luiz Henrique, por sua vez, anunciou mais cedo que espera contar com 45 votos no próximo domingo (1º).

Mariana Jungmann, ABr

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