Candidato ao governo do Distrito Federal, Paulo Octávio (PSD) visitou Brazlândia nesta quinta-feira (22). E foi na cidade que recebeu uma adesão importantíssima na reta final da campanha: a de Alberto Fraga (PL), ex-deputado federal e que tenta voltar à Câmara nesta eleição. Os dois se encontraram quando faziam campanha no comércio da Avenida Principal de Brazlândia.
“Eu fico muito feliz de estar aqui caminhando e encontrar com você” disse Fraga. “É você que tem que ser governador. É um empresário competente, grande gerador de empregos e um homem correto e justo. Nunca vi ninguém falar mal de você então pode contar com nosso apoio”, completou. Paulo Octávio lembrou que Fraga é um especialista em segurança e já foi secretário de Transporte. “Será um deputado competente e trabalhador, que lutará por Brasília. É muito importante ter o apoio dele, um político de peso e com um belo trabalho na área de segurança e transportes”, agradeceu PO.
Antes da caminhada pelo comércio central de Brazlândia, PO esteve na Feirinha da Vila São José. Apesar de cheia, ela não tem trazido lucro para os vendedores. “As pessoas utilizam a feira aqui como lazer e só compram comida porque tem de comer”, disse uma feirante, que preferiu não se identificar. Aos feirantes, PO lembrou que a cobertura daquele espaço foi feita por ele quando era secretário de Desenvolvimento Econômico e vice-governador. Ele lamentou ainda que muitas trabalham sob o Sol. “Iremos que expandir a cobertura para os feirantes no meu governo. Vamos estender a cobertura para dar oportunidade para a novos feirantes”, discursou.
Na área central, antes de almoçar no Restaurante Comunitário da cidade, PO ouviu as queixas dos moradores da cidade, em especial, sobre transporte e a saúde, áreas que mais sofrem com o abandono do governo atual. “A gente até se inscreve em cursos, mas não tem como se chegar” afirmou a moradora Mariana de Freitas. Na UPA e nos cinco postinhos da cidade, faltam médicos e os usuários do SUS esperam meses por uma consulta. “Fiquei quase um mês esperando para pegar uma receita de remédio de diabetes no postinho da chapadinha” queixou-se Carlinda Santos, moradora do assentamento Canaã.
Orias Maria dos Reis, morador há 60 anos de Brazlândia, disse que depois da pandemia a cidade parou. “Hoje não conseguimos atendimento de saúde. São três, quatro tentativas de duas, três horas. Você faz a ficha e não é atendido”, disse. Apesar de gostar da cidade em que vive há tantos anos, ele também reclama da educação.
“O povo aqui é muito bom, as feirinhas são muito boas, mas tenho dez netos e sete bisnetos, e vejo que há semanas que eles vão uma vez à aula. Os professores andam faltando muito e o ensino está fraco”, disparou. Perto dele, Carlinda Santos também expressou sua indignação com a merenda escolar de sua filha. “Fui ver o que minha filha tem comido na escola. O feijão não dá nem para cachorro comer. Todos os dias, o lanche é biscoito com leite” disse a moradora. “Como uma criança que não se nutre direito vai conseguir aprender?”, questionou.