Doses de versos
Poema para beber, saborear e saber que a vida é pequena para se deixar pra lá
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Pode servir.
Aceito um gole.
Um verso tinto encorpado.
Paladar dos mais gourmets.
Em barris de cedro, armazenado.
Versa mais,
Agora um branco.
Ode ao verso mais suave.
Doce ou seco – Não importa!
O que vale é o olfato.
Licoroso na medida certa,
Sirva a métrica comportada,
Ou prefere um Absinto?
Que vem dose rebelada?
Tem estrofe
No anis,
No conhaque,
no uísque.
Na cachaça,
No licor tem rima na cor rubi.
Cheiro de rolha – aroma de adega
Alquimia do passado,
Marca de intenso sabor
Dose de verso é poema, para beber, saborear.
Saber que a vida é pequena para se deixar pra lá.
Não falta no mundo de hoje,
Quem não se sente um autor.
Pode a poesia ser simples,
Mas que não lhe falte – o leitor.
Cálice de poesia – Espumante
Hora certa de degustar…
Um amante.
Poetar…
E, mesmo sendo os versos verdes.
Ainda a maturar
Revelam o coração poeta
Na sua obra – a mostrar
Doses de versos verdes
Também a saborear
……………………..
(PREMIADO NO CONCURSO LITERÁRIO MUNICIPAL DE BARRA MANSA – RJ – POESIA).
