Marta Nobre
Paulo Octávio, que já transpirou suores fétidos ao ser preso em outros tempos, está na corda bamba a partir da denúncia contra seu chefe partidário Ciro Nogueira.
Se toda a lavagem de dinheiro e corrupção passiva atribuída ao presidente nacional do PP for vasculhada de ponta a ponta, vai sobrar para líderes regionais da legenda.
Rodrigo Janot, procurador-geral da República, apontou, ao que se sabe, apenas para Ciro Nogueira em sua denúncia ao Supremo. Mas, como laços fraternos têm sangue semelhante, nada impede que a marola vire um maremoto.
Muita gente lembra, a propósito, aquele velho caso de servidores fantasmas do Senado, que recebiam seu contra-cheque mensalmente dos cofres públicos, embora trabalhassem em projetos eleitorais de Paulo Octávio.