Notibras

Polícia acaba com farra de revendedor de TV Box que burla a lei do país

Era questão de tempo. No submundo digital, a farra dos revendedores de TV Box pirata corria solta. Com promessas de “todos os canais por uma fração do preço” e acesso irrestrito a conteúdos pagos, os vendedores multiplicavam-se como cogumelos após a chuva. Anúncios suspeitos no WhatsApp, grupos secretos no Telegram, e vendedores oferecendo os dispositivos com sorrisos largos em esquinas e portas de lojas. Era o paraíso dos golpistas.

O que muitos não sabiam — ou fingiam ignorar — é que aquela facilidade tinha um preço que não se limitava ao valor módico cobrado pelo aparelho. O preço maior seria pago pela própria liberdade, com o peso da lei batendo à porta.

Foi na quinta, 19, que as sirenes começaram a soar em capitais do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A operação da polícia havia sido planejada com precisão. Após meses de investigações, rastreando os tentáculos dessa teia de ilegalidade, chegaram aos grandes revendedores.

Ali, nas sombras de um comércio popular, havia um esquema que lucrava milhões às custas de consumidores seduzidos pela proposta irresistível de burlar o sistema. Não eram apenas aparelhos de TV Box que estavam em jogo, mas toda uma rede de crime organizado.

Nos bastidores, conversas interceptadas mostravam que os líderes do esquema riam da impunidade. “Ninguém vai pegar a gente. Quem liga pra isso?”, debochavam. O que eles não contavam é que a polícia, munida de mandados, rastreamentos e paciência, estava prestes a acabar com a farra.

A polícia chegou e os sorrisos desapareceram. As viaturas cercaram os pontos estratégicos, enquanto os agentes batiam nas portas de galpões e escritórios onde o negócio ilegal prosperava. TV Box? Lá dentro, eram estocados como se fossem frutas em feiras.

E os clientes? Muitos ficariam na mão, sem sequer imaginar que seu “negócio da China” estava fadado ao fim. Com os principais revendedores presos e as redes de distribuição desmanteladas, a mensagem ficou clara: a lei não estava mais disposta a fechar os olhos.

Entre os vizinhos que assistiam à cena com uma curiosidade contida, na Feira dos Importados, em Brasília, um senhor balançou a cabeça, com um ar de quem já viu de tudo. “Essas coisas não duram. A justiça sempre chega, mais cedo ou mais tarde.”

Agora a festa acabou. Ao menos para os revendedores.

Sair da versão mobile