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Nova intervenção?

Polícia Civil pega carona na greve de professor por aumento

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José Seabra - Foto Reprodução

Os policiais civis de Brasília estão em Assembleia Geral Permanente para forçar o Congresso Nacional a conceder um reajuste salarial à categoria. Na realidade, pegam carona no movimento dos professores, que entraram em greve, cansados das mentiras do governador Ibaneis Rocha. As duas partes têm direito a lutar pela recomposição salarial, mas os policiais vão além: cobram isonomia com a Polícia Federal. Em reunião no Clube da Agepol, eles se mostraram inflexíveis e deram um prazo até o dia 11 para que o problema seja resolvido. A partir dessa data, sinalizam com uma greve.

Erika Kokay (PT) e Rafael Prudente (MDB) apresentam-se como interlocutores junto ao Planalto e aos congressistas. “Vamos fazer valer o acordo”, bradou a deputada petista na assembleia dos policiais. O parlamentar emedebista fez coro à colega: “A nossa cobrança é para que o governo federal honre o combinado e encaminhe à Câmara uma MP do reajuste”, sentenciou.

A recomposição salarial a que os policiais e os dois deputados se referem transportam à proposta encaminhada em fevereiro pela então governadora-tampão Celina Leão (PP), poucos dias após os golpistas (entre eles policiais civis) tentarem tirar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva do cargo. O governo federal concedeu um aumento de 8% aos servidores públicos. Mas a tropa de choque da Polícia Civil quer mais do que o dobro.

Analistas políticos avaliam que Lula não cederá às pressões. Se conceder um aumento além do que há em caixa, fará rolar uma bola de neve com efeito dominó, arrastando outras categorias profissionais para a batalha do contra-cheque mais gordo. O entendimento é o de que os policiais não podem esticar a corda. Até porque, ficaram de braços cruzados quando terroristas incendiaram ônibus e depredaram a 5ª DP, no centro nevrálgico da capital.

O clima de tensão está no ar.  Se uma greve for deflagrada, a resposta pode ser uma nova intervenção na área da segurança pública. Essa eventual decisão, por mais extrema que possa parecer, é possível. Basta lembrar que o governador Ibaneis Rocha (MDB) e a vice Celina Leão (PP) são bolsonaristas. E o bolsonarismo está em baixa.

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