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Polícia de Los Angeles admite que matou homem negro confundido com ladrão

A polícia de Los Angeles reconheceu nesta terça-feira que um de seus agentes matou por engano um negro durante confronto com um suspeito de roubo de um carro.

Donnell Thompson, de 27 anos, morreu em 28 de julho em Compton, arredores de Los Angeles, quando um grupo de policiais perseguia os suspeitos do roubo, que tinha atirado contra eles.

Em um primeiro momento, o chefe de polícia tinha dito que Thompson correspondia à descrição de um dos dois suspeitos, segundo o jornal Los Angeles Times.
Mas o capitão do departamento de homicídios, Steven Katz, retificou estas declarações em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira.

“Concluímos que não há provas de que Thompson tenha participado no roubo do veículo ou no ataque aos agentes”, disse.

Nenhuma arma foi encontrada com Thompson.

“O condutor do automóvel (roubado) disparou nos agentes que os perseguiam e em seguida sofreu um acidente” e abandonou o veículo para fugir pelas ruas da vizinhança.

Um vizinho ligou para o serviço de emergência ao encontrar Thompson em seu jardim, que estava deitado, com uma das mãos escondidas e não respondeu aos chamados, indicou o departamento de polícia.

Os policiais temeram que estivesse armado e vinculado ao roubo. Quando Thompson se levantou, se balançou e um dos policiais atirou, acrescentou a polícia em um comunicado.

Segundo Matrice Stanley, irmã de Thompson, ele sofria de retardo mental.

Dwayne Hill, outro irmão de Thompson, exigiu desculpas públicas de parte das autoridades.

Este reconhecimento da polícia ocorre no segundo aniversário da morte de Michael Brown, um jovem negro de 18 anos desarmado morto por um policial branco em Ferguson, Missouri.

Sua morte foi o estopim de uma série de protestos e distúrbios que reativaram as tensões raciais nos Estados Unidos.

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