A polícia do Rio matou 154 pessoas em janeiro de 2018. No mesmo mês do ano passado, foram 98 casos – um aumento de 57,1%. Se comparado ao dado de dezembro de 2017 (83 mortes), foi uma alta de 85,5%. Oficialmente, a morte por policial em serviço é chamada de “homicídio decorrente de oposição à intervenção policial”. Os dados, divulgados nesta quarta-feira, 28, são do Instituto de Segurança Pública (ISP), braço estatístico da Secretaria de Segurança do Estado.
A letalidade violenta, que compreende os crimes de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e homicídio decorrente de oposição à intervenção policial, cresceu 20% se comparada ao número de dezembro de 2017, e 7,6% em relação a janeiro. Policiais mortos em serviço somaram seis, contra quatro em janeiro e em dezembro de 2017. Os roubos de veículo também subiram: 17,6% ante dezembro de 2017 e 25,7% ante janeiro de 2017.
O ISP informou que, por conta da paralisação de parte dos policiais civis em janeiro de 2017, não é possível usar o mês como base de comparação quando se observa a totalidade das modalidades criminosas. No entanto, os registros de letalidade violenta e roubos de veículos não foram afetados.
As estatísticas do ISP servem para nortear ações da secretaria, agora sob intervenção das Forças Armadas. Na terça-feira, o chefe do gabinete da intervenção, general Mauro Sinott, disse que os dados seguirão a ser utilizados, por serem auditados e confiáveis. O interventor, general Walter Braga Netto, chancelou: “Com relação à transparência, vocês não precisam se preocupar, porque o sistema será transparente. O instituto vai continuar e aprimorar seu trabalho, os resultados continuarão sendo divulgados”, garantiu.