Investigações a cargo da Polícia Federal e da Polícia Civil do Distrito Federal, sobre fraudes no sistema de transporte público de Brasília, começam a lançar os tentáculos em direção à Câmara Legislativa. Naquele Poder está em andamento uma CPI para apurar supostas irregularidades na última licitação das bacias de ônibus da capital da República.
Um dos policiais à frente das investigações usou em conversa com Notibras uma expressão empregada pelo jornalista Mino Pedrosa, para antecipar que vai sobrar ‘pau no gato’ para “um grupo de gatunos que emprega laranjas para se locupletar com o sistema fraudulento”.
– O problema não se restringe à bilhetagem eletrônica. Querem desestabilizar empresas idôneas para acobertar golpes que se arrastam sucessivamente há mais de 10 anos. Há fortes indícios de que pretendem crucificar uma empresa em benefício de outros grupos.
Enigmático e usando de metáforas, esse delegado promete que o desfecho das investigações surpreenderá muita gente. “Vamos proclamar a verdade. É certo que existe um link entre o Paraná e Brasília, mas a vítima escolhida tem sotaque alagoano. Quanto aos algozes, esses gostam de saborear arroz com pequi”, sentenciou o informante.
Na quinta-feira (9) o site Quidnovi, dirigido por Mino Pedrosa, divulgou trechos de um dossiê sobre a ‘máfia dos transportes’ que atua em Brasília. Segundo o documento, pessoas ligadas ao ex-governador Joaquim Roriz e ao empresário Nenê Constantino, estariam envolvidas no processo.
José Seabra